Conceito de Justiça Social
Justiça social é uma construção moral e política baseada na igualdade de direitos e na solidariedade coletiva. Em termos de desenvolvimento, a justiça social é vista como o cruzamento entre o pilar econômico e o pilar social.
O conceito surge em meados do século XIX, referido às situações de desigualdade social, e define a busca de equilíbrio entre partes desiguais, por meio da criação de proteções (ou desigualdades de sinal contrário), a favor dos mais fracos.
Para ilustrar o conceito, diz-se que, enquanto a justiça tradicional é cega, a justiça social deve tirar a venda para ver a realidade e compensar as desigualdades que nela se produzem. No mesmo sentido, diz-se que, enquanto a chamada justiça comutativa é a que se aplica aos iguais, a justiça social corresponderia à justiça distributiva, aplicando-se aos desiguais. O mais importante teórico contemporâneo da justiça distributiva é o filósofo liberal John Rawls.
Em Uma Teoria da Justiça (A Theory of Justice), de 1971, Rawls defende que uma sociedade será justa se respeitar três princípios:
- garantia das liberdades fundamentais para todos;
- igualdade equitativa de oportunidades ;
- manutenção de desigualdades apenas para favorecer os mais desfavorecidos.
Brasil um país geograficamente gigante por natureza entre as seis posições das maiores potencias econômica do planeta e com uma historia de existência de mais de 500 anos como republica, ainda se arrasta em relação aos avanços sociais, econômicos, constitucionais e políticos de uma sociedade democrática moderna, as liberdades civis, direitos constitucionais, direitos humanos ainda continuam sendo um dos seus maiores desafios e obstáculos para alcançar o status e prestigio de uma verdadeira democracia. Uma história de um país dividido pelo poder dos partidos políticos, pela ineficiência do poder judiciário e pela incompetência do estado em solidificar os alicerces e pilares da democracia. Apesar dos avanços sociais, econômicos e constitucionais superados na ultima década, não se pode negar a verdade dos fatos de uma realidade que vem a séculos mantendo o Brasil em passos curto ou paralisado no tempo, uma verdade que se esconde na sombra dos supostos avanços obtidos pelo povo brasileiro nas ultimas três décadas. Apesar de estar entre as seis maiores potencias econômica mundial, de ser geograficamente gigante, de possuir uma das maiores reservas de riquezas naturais do planeta e de ser economicamente alto suficiente ainda existem barreiras e obstáculos que prometem deixar para sempre a pátria brasileira e o seu povo entre as repúblicas democráticas de maior desigualdade econômica e injustiça social, de maior violação aos direitos constitucionais e de direitos humanos do planeta.
As causas dessas desigualdades e injustiças sociais e econômicas e dos abusos e violações de direitos constitucionais e direitos humanos estão enraizados nas estruturas da hierarquia dos poderes, na ineficiência da administração das instituições publicas e na inexistência de um verdadeiro estado democrático.
Para se ter uma ideia da verdadeira cara do Brasil e do que realmente e o Brasil basta dar uma olhada na verdadeira cara dos partidos políticos, o que eles representam e o que eles são de verdade. Na verdade a democracia brasileira apesar de ter sido fundada em princípios democráticos e alicerçada na constituição brasileira sua balança e hierarquia de poder esta divida entre os mais de trinta partidos políticos que dividem o controle de instituições, posições e funções nas diferentes administrações da administração publica. Essa divisão de poder e influencia entre esses mais de trinta partidos políticos e uma combinação desastrosa que colocam em risco toda uma democracia, paralisa a administração da maquina publica, impede os avanços econômicos e sociais de toda uma sociedade, limita os direitos constitucionais e liberdades civis, negligencia os direitos humanos e chacoalham os alicerces da balança dos poderes – Executivos, Legislativo e Judiciário do país.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/
Dia Mundial da Justiça Social
“Para a Cáritas, trabalhar por justiça social é parte da sua própria identidade e missão. Significa lutar pela defesa de direitos e oportunidades para todas as pessoas”
Diante da necessidade de promover esforços para enfrentar situações como a pobreza, a fome, o desemprego e a exclusão social, a Assembleia Geral das Nações Unidas instituiu o dia 20 de fevereiro – a partir de 2009 – o Dia Mundial da Justiça Social. Com esse dia, a Assembleia “reconhece a necessidade de consolidar os esforços da comunidade internacional na batalha para erradicação da pobreza, promovendo o pleno emprego e trabalho digno, a igualdade entre gêneros e o acesso ao bem estar social e à justiça para todos”.
Alcançar a justiça social no mundo é um passo fundamental para a realização de objetivos cruciais cujo foco é a melhor humanização das pessoas, construindo mercados e meios de subsistência capazes de fazer uma distribuição de benefícios igualitária. Significa garantir o alicerce para que todas as pessoas vivam com dignidade, estabilidade e oportunidades.
“Para a Cáritas, trabalhar por justiça social é parte da sua própria identidade e missão. Significa lutar pela defesa de direitos e oportunidades para todas as pessoas levando em conta os diferentes contextos e realidades em que elas estão inseridas”, afirmou Maria Cristina dos Anjos, Diretora Executiva Nacional da Cáritas Brasileira.
“O Brasil é hoje o quarto país no mundo em desigualdade entre pobres e ricos, segundo pesquisa do IBGE. Para a Cáritas, esse dado confirma a existência no país de uma grande injustiça social. Nas inúmeras ações desenvolvidas nas diferentes regiões do país, a Cáritas busca colocar em prática a sua missão na defesa e promoção da vida digna para todas as pessoas buscando um novo desenvolvimento, mais solidário, mais sustentável e com participação equitativa de todas as pessoas”, salientou.
por Tanara Adriano, da Assessoria de Comunicação da Cáritas Brasileira | Secretariado Nacional
Foto: Reprodução