Na manhã da última terça-feira, dia 25, a Administração Municipal de Bragança Paulista realizou uma palestra que abordou questões relacionadas à violência contra a mulher. O encontro aconteceu no Centro Cultural Geraldo Pereira e contou com a presença de mulheres referenciadas nos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CRAS), assistentes sociais, representantes do Conselho Tutelar, representantes do Poder Judiciário e servidores municipais.
A palestra foi realizada pela promotora do Ministério Público de São Paulo, Fabíola Sucasas Negrão Covas, que também faz parte do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (GEVID). Este grupo foi criado no ano de 2012 e tem como objetivo auxiliar os serviços especializados em atendimento às mulheres dos municípios a criar estratégias que contribuam para o enfrentamento de qualquer tipo de violência contra a mulher.
Durante o encontro, a promotora falou da importância de combater este tipo de situação e afirmou que a violência contra a mulher é contra todos, tendo em vista que afeta diretamente a família. Também mostrou através de vídeos relatos de mulheres que já vivenciaram o problema e explicou o funcionamento da Lei Maria da Penha.
Segundo a promotora, o Brasil é o 7º país que mais mulheres são assassinadas no mundo e afirmou que 80% das agressões são feitas pelos próprios parceiros das vítimas, o que dificulta ainda mais a denúncia devido ao vínculo existente. Além disso, a palestrante alertou que o ciúme é o motivo mais frequente das agressões e que as mulheres devem estar atentas a atitudes possessivas por parte dos parceiros.
Ainda falou sobre o trabalho desenvolvido pelo órgão, cuja maior dificuldade encontrada para resolução desses casos é que muitas mulheres acreditam na mudança do parceiro e com isso desistem do processo. Outros motivos que levam a desistência é o medo de reviver o trauma ou de romper o relacionamento, a dependência econômica e a vergonha de procurar ajuda e ser criticada.
Por isso a importância de ações como esta por parte do Poder Público, para gerarem debates e conscientização sobre o tema e mostrar a gravidade da situação para a sociedade.
Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher
O Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher foi instituído no dia 25 de novembro de 1999, pela Organização das Nações Unidas (ONU). A data foi escolhida para homenagear as irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), assassinadas pela ditadura de Leônidas Trujillo, na República Dominicana.
Em 25 de Novembro de 1991 teve início a Campanha Mundial pelos Direitos Humanos das Mulheres, sob a coordenação do Centro de Liderança Global da Mulher, que propôs 16 Dias de Ativismo contra a Violência sobre as Mulheres.
Os 16 dias começam a partir de 25 de Novembro e encerram-se no dia 10 de Dezembro, aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamado em 1948.
A violência conjugal tem forte impacto sobre a saúde física e mental das mulheres. Os atos ou ameaças de violência, infundem medo e insegurança. As mulheres têm medo por causa do poder dos homens, em particular dos maridos, e este próprio medo serve para justificar o poder.
Fonte: DIMP Prefeitura de Bragança Paulista