Em curta temporada o Movimento Cia. de Teatro irá encenar “As centenárias” de Newton Moreno, com uma livre adaptação de Rita Miranda em homenagem ao autor de teatro brasileiro e a cultura nordestina.
Um pouco sobre o autor
Newton Moreno é um premiado autor de peças de teatro. Com sua companhia teatral, Os Fofos, escreveu diversos enredos que foram aclamados pela crítica especializada. Nirto, como o jornalista Dib Carneiro Neto o chama na introdução do livro, escreveu “As Centenárias” especialmente para Andréa Beltrão e Marieta Severo, recebendo o Prêmio Shell Rio e Contigo! de 2008. A história se passa em pequenas cidades do Nordeste, fantasiando com muito humor as dificuldades e o modo de vida nordestina.
Aproveitando-se das falas diretas do texto teatral, a história de Socorro e Zaninha, carpideiras com mais de 100 anos de idade, exalta o jeitinho brasileiro de contornar os problemas. No caso delas, esse contorno é dado na Morte. Com muita esperteza, elas fogem da “mulher da foice” justamente chorando pelos mortos. Afinal, na filosofia das centenárias, o velório é o lugar certo para isso, porque a morte já passou e não volta mais. Ao mesmo tempo, o texto deixa claro que, inevitavelmente, ela aparecerá.
As Centenárias, fala principalmente da fé. Fé para se conseguir o que almeja e perseverança para continuar tentando. Em um ambiente assolado pela escassez, os problemas como a fome ficam de lado, dando lugar às divertidas narrativas genialmente criadas por Newton Moreno. Impossível não se encantar com as estripulias de Socorro e Zaninha para enganar a morte.
Escrita por Newton Moreno a pedido de Marieta Severo e Andréa Beltrão, a peça inspirada na relação das duas atrizes conta a história de duas carpideiras Socorro e Zaninha que percorrem velórios no interior do Nordeste, choram os mortos e contam histórias. A trama se desenvolve cercada por personagens e causos que muitas vezes beiram o irreal.
Uma homenagem à cultura nordestina e ao autor de teatro brasileiro. A peça com sotaque nordestino traz o músico pernambucano residente em Extrema, Tom Woody, tocando a trilha ao vivo. Além do ator convidado Danilo Francesco e das atrizes do Movimento Cia. de Teatro Rita Miranda e Ana Alice Leme.
No dia 20 de abril acontece o ensaio aberto, às 20h. Nos dias 25, 26 e 27 de abril às 20h, Projeto Escola vai ao Teatro. Dia 30 de abril, 07 e 14 de maio (sábados) às 19h. Local: Ponto de Cultura Arte em Movimento (CLRE), na Praça Coronel Simeão, s/n, Extrema. Gratuito.
Mais informações: (35) 99962-7546
Ficha Técnica
Rita Miranda – Socorro
Ana Alice Leme – Zaninha
Danilo Francesco – Mulher de Luto, pai de Zaninha, Nonato, Coronel, Viúva, Lampião e Morte.
Trilha ao vivo: Tom Woody
Figurino: Nirdosh Vibhuti
Bonecos e cenário: Rita Miranda -
Colaboração Cenográfica: Roberto Hypólito
Projeto Gráfico e Iluminação: Hernandes de Oliveira
Operação de luz: Rodrigo Eloi Leão
Produção Geral: Movimento Cia. de Teatro
Foto: Ricardo Q T Rodrigues