Evento aconteceu em São Paulo e reuniu jovens angolanos que estudam no Brasil.
A Liga Empreendedora Angolana (L.E.A), composta por 14 estudantes de angola de engenharia e tecnologia do Inatel participou em São Paulo da Feira Científica Angolana, realizada no mês de maio e teve como desafio apresentar um projeto com viabilidade econômica para o pais africano com planos voltados para as áreas científica e de empreendedorismo. A Feira reuniu estudantes angolanos de várias universidades do Brasil, como Inatel, Unesp, USP, Estácio, Unip, UFF, UFPR, entre outras.
A proposta apresentada pelos alunos Daniel Quiteque e Claudio Gonçalves, foi pré selecionada entres todos os projetos inscritos e gerou interesses em entidades do Governo de Angola. Denominado “Liga Empreendedora Angolana e a tríplice-hélice: Modelo de fomento da economia nacional”, o projeto visa fortalecer a economia por meio do desenvolvimento sustentável de pequenos e grandes negócios a partir de modelos inovadores. Esse projeto surgiu durante a realização do evento Wake Up Angola que teve apoio do Inatel.
“Nós apresentamos um projeto inovador e forte, visando crescer bastante os modelos de desenvolvimento econômico no ramo do empreendedorismo. O impacto do projeto que apresentamos foi muito grande e bem aceito pelas autoridades de Angola e jurados presentes”, explicou Daniel.
A implementação da tríplice hélice (Academia-Indústria-Governo) pretende impulsionar o surgimento de um polo capaz de desenvolver projetos e ações empreendedoras que integrem a criação de empresas juniores nas universidades, desenvolvimento de um Polo Industrial de Eletrônica, capacitação gerencial em empresas incubadas e um arranjo produtivo local.
“A ideia é juntar instituições acadêmicas, governo e indústria. A Liga Empreendedora vai ser o suporte de ligação entre esses 3 elementos. Esse modelo já existe aqui em Santa Rita do Sapucaí que é uma referência nesse assunto. Ele permite que os estudos que são feitos na academia passem para as empresas, elas por sua vez transformam projetos em produtos e o governo dará o suporte na criação de fomento, investimentos e leis para que a médio ou longo prazo tenhamos um polo eletrônico em Luanda”, comentou Quiteque que tem como base do projeto os modelos do Vale do Silício, nos Estados Unidos e o Vale da Eletrônica em Santa Rita do Sapucaí.
A criação do polo já vem sendo estudada pela Liga e pretende ser aplicado em uma área em Luanda conhecida como “Área do Saber” onde está situado o Instituto Superior de Tecnologias de Informação e Comunicação (ISUTIC) e outras instituições. Além disso, o projeto foi solicitado pela embaixada para avaliação das possibilidades de efetivação do mesmo em Angola. “Hoje não existe no país uma instituição que faça esse movimento de junção que é o objetivo da Liga e como muitos de nós já estamos terminando nossos estudos no Inatel, isso nos motiva a ainda mais retornar ao nosso país e desenvolver algo que auxilie em seu crescimento tendo como base o que aprendemos no Inatel. Já estamos em contato com autoridades de Angola que estão avaliando o projeto e acreditamos que em breve ele poderá ser implantado”, finalizou o estudante.
Fonte: www.inatel.br