O lixo colocado em terrenos baldios ainda é um dos grandes problemas da organização da saúde urbana no país. Mesmo contando com políticas públicas que versam a sustentabilidade, a população das cidades brasileiras ainda sofre com o acúmulo de lixo e entulho que é despejado também próximo às regiões centrais.
Na cidade de Extrema/MG também ocorre este tipo de problema. Um lote que fica na Rua dos Flamingos, no Parque dos Pássaros, tem entulho de todos os tipos. É um verdadeiro depósito ao ar livre e que está cercado por um alambrado. Moradores entraram em contato com a redação do jornal O Registro para reclamar o aparecimento de ratos, cobras e outros insetos peçonhentos e que estão tirando o sossego da comunidade local. Há ainda outro agravante: um lote que faz limite entre as ruas das Corujas, Tangarás e dos Flamingos também oferece riscos à saúde do bairro. O mato alto contrasta com outros tipos de dejetos que insistem em ser jogados no local – o pior é que este terreno está localizado em frente ao depósito clandestino.
O Setor de Fiscalização de Obras e Urbanismo da Prefeitura foi acionado pera falar sobre o assunto. De acordo com Renata Almeida, que é fiscal do departamento, o terreno se transformou em local de depósito de material reciclado. “O proprietário comercializa o material. Esta fiscalização cabe às Secretarias de VISA (Vigilância Sanitária) e Fazenda onde a VISA orientará sobre o armazenamento de materiais onde impeçam a proliferação de bichos peçonhentos. A Fazenda liberará licença para a comercialização”, disse Renata. A fiscal fala ainda a sobre o mato que se encontra no lote localizado em frente ao depósito de reciclados: “Em relação ao mato, a Secretaria notificará o proprietário e este terá prazo para realizar a limpeza. Se isso não ocorrer, a Prefeitura executará a capina e cobrará o serviço do dono do terreno”, destacou. Nota-se que o lixo jogado no terreno é proveniente de diversas residências do bairro. “Falta conscientização popular. Existe a Coleta Seletiva que acontece no município e as pessoas precisam criar cultura e educação para seguir este procedimento tão importante para a saúde pública”, dispara Renata. Ela comenta: “É um trabalho é feito pela Secretaria de Meio Ambiente pois trata-se de coleta de lixo. Estamos fazendo o nosso trabalho mas precisamos da ajuda da população”.
A Secretaria de Obras vem fazendo um trabalho de fiscalização quanto aos lotes com matos. O período chuvoso não contribui para a manutenção doa limpeza dos terrenos e existe ainda um enfrentamento com as empreiteiras que jogam os entulhos das construções em terrenos – tanto na zona urbana quanto na rural.