Conheça a plataforma de dados que traz informações sobre 5 projetos da carteira de Florestas do programa Petrobras Socioambiental
No dia 07 de novembro é comemorado no estado do Amazonas o Dia da Floresta e do Clima. A data foi instituída pela Lei Estadual de Mudanças Climáticas (LEI N.º 3.135, DE 05 DE JUNHO DE 2007) para dar visibilidade à importância da Floresta Amazônica em relação ao equilíbrio climático. Não apenas a floresta Amazônia, mas a vegetação presente em todos os biomas contribui para o sequestro de gases de efeito estufa (GEE).
Nesta mesma data lançamos a coleção “O que as florestas fazem pelo clima”, uma plataforma de dados de 5 projetos da carteira de Florestas patrocinados pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental. A ferramenta compartilha histórias a partir de mapas, textos, imagens e outros conteúdos multimídia – apresentando as ações socioambientais desenvolvidas pelas organizações executoras e como atuam no enfrentamento à mudança do clima através de ações de mitigação e adaptação.
Na plataforma é possível navegar pelos projetos conhecendo em qual bioma estão inseridos, a dimensão e importância dos locais em que atuam e as espécies de fauna e flora ameaçadas de extinção. São apresentadas as organizações das quais fazem parte, sua relação com o local, seu histórico de atuação e quais os objetivos de suas ações. A dimensão social dos projetos aborda estratégias para o desenvolvimento econômico local, fortalecendo o aumento da renda atrelado à conservação do meio ambiente. A plataforma também visa o compartilhamento de boas práticas, mostrando exemplos que possam servir de inspiração para que mais pessoas e organizações se juntem a essa pauta.
No Brasil, a pegada de carbono, ou seja, o quanto uma pessoa emite ao realizar atividades diárias e ao consumir produtos, é de aproximadamente 10 toneladas anuais de CO2. A redução das emissões é uma das estratégias para o controle do aquecimento global e, consequentemente, da Mudança Climática. Outra estratégia é a captura de carbono, atividade realizada pelas florestas em pé, ou pelo plantio de novas florestas na recuperação de locais desmatados, também chamada de Restauração Florestal. Os Sistemas Produtivos Sustentáveis implementados pelos projetos, que imitam as soluções proporcionadas pela própria floresta – as Soluções Baseadas na Natureza como: Sistemas Agroflorestais, Roça sem Fogo, Sistemas Silvipastoris, Fruticultura e Silvicultura de nativas, Manejo de Pastagem Ecológica – também contribuem para o armazenamento de carbono nas árvores e no solo. Todos os projetos contam com a quantificação de CO2 e mostram o quanto vão capturar ou deixar de emitir no médio e longo prazo.
Os projetos acontecem em três biomas no território nacional. Na Amazônia, Raízes do Purus (executado pela Operação Amazônia Nativa), Florestas de Valor (executado pela Imaflora) e Viveiro Cidadão (executado pela Ecoporé) atuam na manutenção da floresta em em pé, através de ações de educação ambiental, criação e apoio a políticas públicas de conservação e estruturação de cadeias produtivas que geram renda para as comunidades. Ações que contribuem para a diminuição do desmatamento e consequentemente para o equilíbrio climático.
Na Caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro, ações semelhantes são realizadas em Crateús, na Reserva Nacional Serra das Almas pelo projeto No Clima da Caatinga (executado pela Associação Caatinga). Na Mata Atlântica, para aumentar a segurança hídrica do Sistema Cantareira, que abastece mais de 7 milhões de pessoas, o projeto Semeando Água (uma iniciativa do IPÊ, Instituto de Pesquisas Ecológicas) trabalha junto à produtores rurais para a restauração florestal de suas Áreas de Preservação Permanente e implementação de Sistemas Produtivos Sustentáveis.
Ações para a mitigação da mudança climática
O projeto Raízes do Purus recuperou uma área equivalente a 22 campos de futebol por meio da implementação de Sistemas Agroflorestais, contribuindo para a remoção de 4.366 toneladas de carbono e outros gases de efeito estufa da atmosfera anualmente. As áreas diretamente manejadas pelas comunidades somam uma cobertura florestal de 168.180 hectares, resultando em uma remoção de 265.164 toneladas de CO2 no ano de 2021.
O Florestas de Valor, executado pela Imaflora, através do apoio a manutenção de 300 hectares de Sistemas Produtivos Sustentáveis, contribui com 6.000 toneladas de CO2 fixadas pelas áreas já implantadas. Além disso, contribui indiretamente com a manutenção de 20 milhões de toneladas de CO2 em florestas manejadas pelo extrativismo.
No Viveiro Cidadão, projeto executado pela Ecoporé, 440 hectares de florestas foram restaurados e mais 120 serão adicionadas no atual ciclo do projeto. No decorrer dos seis primeiros anos pós plantio serão estocadas 120 toneladas CO2 nas novas áreas.
No projeto No Clima da Caatinga, cada hectare de cobertura vegetal acima do solo da Reserva Nacional Serra das Almas estoca 91 toneladas de CO2, ou seja, uma vez que a Reserva tem 6285 hectares (6191 hectares de floresta), a área estoca 563 mil toneladas de CO2. Isso representa o total de gás carbônico emitido por 350 mil habitantes do Estado de São Paulo durante um ano.
No estado de São Paulo, o projeto Semeando Água já realizou a Restauração Florestal de 30 hectares, plantando mais de 50 mil árvores com potencial de sequestro de 8.356 toneladas de CO2 por hectare em 10 anos ou 22.889,8 toneladas de CO² no médio e longo prazo.
Para acessar a coleção e saber o que os projetos farão nos próximos dois anos de execução acesse https://arcg.is/1ru1DO0
Fonte: Comunicação Semeando Água, IPÊ