A primeira etapa da vacinação contra a febre aftosa de 2014 termina neste sábado, 31/05, no estado de São Paulo. O produtor rural deve vacinar todos os bovinos e bubalinos com até 24 meses de idade.
Para garantir uma vacinação adequada, o pecuarista deve ter alguns cuidados. Segundo o veterinário Raul Mascarenhas, da Embrapa Pecuária Sudeste, durante a aplicação da vacina, esta deve ser armazenada em uma caixa de isopor com gelo, a uma temperatura entre 2°C e 8°C. Deve-se preferir o início da manhã e o final da tarde, que são os horários mais frescos, para a vacinação. A dose é de 5ml e deve ser aplicada, preferencialmente, no terço médio do pescoço (tábua do pescoço), com pistolas de vacinação e agulhas higienizadas. A agulha deve ser substituída com frequência para evitar a transmissão de outras doenças. “A reação vacinal, inchaço após a aplicação, é importante para o estabelecimento de uma imunidade mais duradoura, no entanto pode também haver formação de abscessos devido a uma aplicação errada em um local do animal que apresente sujeira, o que deve ser evitado”, explica Mascarenhas.
A vacinação contra a febre aftosa é obrigatória. O criador que não vacinar ou não comunicar a vacinação à Defesa Agropecuária está sujeito a notificações e multas. A ação é indispensável para a erradicação da doença, que tem impactos negativos na pecuária brasileira.
A doença
A febre aftosa é uma doença viral, contagiosa, transmitida principalmente pelo contato entre animais doentes e sadios. Também pode ser transmitida pela água, ar, alimentos, pássaros e pessoas que entraram em contato com animais doentes.
Os principais sintomas são febre alta, aftas na boca, patas e nas tetas, perda de apetite, salivação e manqueira. A redução da produção de leite é significativa, além da perda de peso, crescimento retardado e menor eficiência reprodutiva. A morte é mais frequente em animais jovens ou debilitados.