Contrato assinado nesta quinta-feira, dia 28 de junho, durante plenária dos Comitês PCJ, está orçado em cerca de R$ 202 mil e é voltado a estudo de viabilidade e anteprojeto de barramento do Ribeirão Campestre. A Agência das Bacias PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) financiará um estudo para prevenção contra enchentes no município de Camanducaia (MG).
O contrato, assinado nesta quinta-feira (28/06), tem valor de R$ 201.660,00. A empresa Hidrostudio Engenharia será a responsável por elaborar um estudo de viabilidade e fazer o anteprojeto de barramento do Ribeirão Campestre.
A medida tem como objetivo prevenir casos de enchentes no município mineiro. A sub-bacia do Rio Camanducaia está contida na mancha urbana do município de Camanducaia, e tem representativa proporção ainda permeável.
Como outras bacias “urbanizadas” o sistema de drenagem natural – Rio Camanducaia – apresenta problemas na macrodrenagem com inundações frequentes.
A cerimônia de assinatura ocorreu durante 16ª Reunião Extraordinária dos Comitês PCJ, em Extrema (MG), e contou com a participação do prefeito de Camanducaia, Edmar Cassalho Moreira Dias.
O prazo de execução do contrato é de sete meses. Os recursos são oriundos da cobrança pelo uso da água nos rios de domínio da União nas Bacias PCJ (Cobrança PCJ Federal).
“Este é um estudo importante. Estamos felizes com essa conquista junto à Agência das Bacias PCJ e os Comitês PCJ. Camanducaia já enfrentou situações graves com enchentes. Hoje, com a diminuição das chuvas, esses problemas diminuíram, mas não dá pra se acomodar. Devemos estar nos prevenindo e com certeza esse estudo nos dará parâmetros para prevenir futuras enchentes no município”, destacou o prefeito.
Segundo a Coordenação de Projetos da Agência das Bacias PCJ, o crescimento urbano caracterizado pela ocupação desordenada da bacia do Rio Camanducaia no município foi responsável pela alteração das taxas de impermeabilização do solo, deixando de existir a infiltração e, consequentemente, impedindo a retenção da água pelo solo, prejudicando o escoamento das seções existentes, e promovendo a concentração mais rápida desses escoamentos com a antecipação dos picos de cheias em todo o município. Dessa forma, é necessário pensar numa alternativa para a macrodrenagem – que, neste caso, foi o barramento.
“Tendo em vista as propostas elencadas no Plano de Macrodrenagem e considerando reuniões e visitas técnicas realizadas em Camanducaia, foi comprovado que a alternativa mais viável é a construção de barragem de contenção no Ribeirão Campestre, a montante da Rodovia Fernão Dias e da área urbana do município afetada pela inundação”, explicou a coordenadora de Projetos da Agência das Bacias PCJ, Elaine Franco de Campos.
A entidade atua como braço executivo dos Comitês PCJ, um dos parlamentos mais importantes do país no que se refere à gestão dos recursos hídricos.
Fonte: Ascom – Comitê PCJ