Durante os primeiros ano de vida, quando a alimentação ainda é uma descoberta, é comum que haja uma instabilidade na aceitação das refeições. Neste cenário, o medo da criança comer pouco atinge os pais e responsáveis. O pediatra do Hospital Edmundo Vasconcelos, Rubens Tadeu Bonomo, no entanto, tranquiliza comentando que é normal essa redução de apetite nesta fase da vida.
A diminuição na vontade de comer, como explica o especialista, está relacionada a uma desaceleração do crescimento da criança, que impacta diretamente na forma como ela vai lidar com o alimento e a quantidade solicitada. Por isso, o médico enfatiza que não há como definir exatamente a porção necessária para cada refeição.
Apesar da imprecisão, ele esclarece que dois fatores são essenciais para perceber se a quantia oferecida é suficiente: a satisfação e o crescimento normal da criança. “É preciso que os pais e responsáveis compreendam que a quantidade é relativa, e por isso, quando satisfaz o apetite e promove o crescimento normal, é classificada como adequada”, complementa.
Para manter uma relação saudável com o alimento, sem necessidade de introduzir estimulantes de apetite na rotina, o especialista indica seguir algumas dicas. Confira:
- O momento da refeição deve ser agradável, por isso, opte sempre em oferecer a comida em mesas organizadas, e se for do hábito da família, coloque um fundo musical para o instante.
- Evite reprimir a criança nesta hora, assim como castigos ou qualquer assunto de caráter conflitante.
- Mantenha regularidade de horários das refeições, mas não é preciso ser inflexível em momentos pontuais.
- Nunca comentar que não gosta de determinada comida na frente da criança. Elas tendem a imitar os gostos dos adultos.
- Permitir que a criança ajude a produzir seu próprio cardápio e determine a quantidade que quer comer.
- Ofereça pequenas quantidades de cada vez, deixando com que a criança solicite mais.
- Procure variar a apresentação e forma de preparo dos alimentos que já foram recusados.
Fonte: Tree Comunicação