Apresentação teatral do “Grupo de Teatro Névoa” foi um sucesso

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Dando início às atividades do ano, o Grupo de Teatro Névoa realizou no último sábado (18), uma leitura dramática da peça ‘Novas Diretrizes em Tempos de Paz’, uma fábula de Bosco Brasil, na Casa da Cultura “José Alves”, com apoio da associação cultural Projeto Cultural e Social Vida e Arte e da Secretaria de Esporte, Lazer, Turismo e Cultura, por meio da Gerência de Cultura da Prefeitura Municipal de Extrema.

Na fábula, há dois personagens, Clausewitz (Christian Lavorenti, Isabella Bottan e Lara Rocha) e Segismundo (Maria Eduarda Oliveira, Mariana Campos e Marília Lavorenti) supervisionados por Eduardo Sabion, coordenador dos núcleos e diretor do laboratório de teatro.

De acordo com o coordenador, embora haja mais atores do que personagens, foi utilizada uma variação da técnica do coringa, que permitiu que todos estivessem em cena simultaneamente e apresentassem quadros em planos isolados durante a representação. Na leitura, os espectadores foram levados às sensações que o relato dos horrores da guerra propicia e foram convidados a um debate ao final da apresentação, onde elenco e plateia expuseram suas reflexões em torno da peça.

Alguns atores deram seus depoimentos sobre a peça. Confira:

Para Marília Lavorenti, veterana da trupe que interpreta o torturador da Polícia Política Segismundo “o maior desafio para atuar como Segismundo é ter que incorporar uma pessoa fria e indiferente, quando eu sou absolutamente sensível. Não poder demonstrar horror durante algumas falas e esconder a emoção até o final é muito difícil, e é mais difícil ainda deixar que uma lágrima caia no final da peça depois de segurar tanto. Está sendo uma experiência muito boa, bem diferente dos outros papéis que já fiz e acredito que será de grande importância na minha bagagem artística.”

Já para Isabella Bottan, uma das intérpretes do sonhador Clausewitz “interpretar e me apresentar como um tal personagem pela primeira vez foi uma experiência muito boa para mim. Ter aquele nervosismo de antes de cada apresentação é algo que eu amo sentir, um frio na barriga que já me era familiar, mas agora diante de um novo público.”

Fazer a interpretação de Segismundo não foi nada fácil devido ao personagem ser meio ignorante e também por se demonstrar durão demais e por dentro ter um coração mole. Esta encenação foi um grande desafio para mim devido o modo de Segismundo ser que não condiz com o meu modo, mas foi uma ótima experiência dar vida a esse personagem e participar dessa breve leitura da peça que entreteve o público e os emocionou, falou Mariana Campos.

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Foto: arquivo pessoal

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