A maior parte da população de rua de Extrema possui família e mantém contato com parentes, mas se recusa a abandonar a condição de vulnerabilidade
A situação de rua é um problema constante, enfrentado pela maioria das cidades brasileiras e que levanta inúmeras questões, como a dependência química, a segurança pública e a vulnerabilidade social. Em Extrema, a Secretaria Municipal de Assistência Social realiza um trabalho amplo a fim de acolher e conscientizar estas pessoas sobre a importância da busca por tratamento, a volta ao núcleo familiar e a saída dos espaços públicos.
O trabalho da SMAS com a população de rua teve início em 2021, durante a pandemia de Covid-19, e tinha o objetivo de assistir essas pessoas que se encontravam ainda mais vulneráveis. Desde então, a secretaria desenvolveu etapas de acolhimento, tais como a abordagem social, o Espaço Re-Começar e o oferecimento de tratamentos, consultas e reaproximação com as famílias dos assistidos.
Abordagem social
A abordagem social é o primeiro contato da população de rua com a Assistência Social Municipal. Esse time atua na cidade inteira, durante todo o dia, por meio de um monitoramento constante e próximo, que permite a elaboração do mapeamento das necessidades de cada indivíduo a fim de direcioná-lo para a rede de proteção.
90% dessa população é composta por homens que, em sua maioria, possuem família e mantêm contato frequente com seus parentes, mas não aceitam retorno para casa ou auxílio da Prefeitura para sair desta situação.
Com a negativa, a Assistência busca oferecer o possível para a promoção da dignidade humana através do polo de acolhimento Espaço Re-Começar (antigo UAI), localizado na Rua São Lucas, 55, no Centro. O espaço tem capacidade para atender aproximadamente 12 pessoas e oferta pernoite (das 19h às 7h), alimentação, banho e disponibiliza máquina de lavar roupas para aqueles que assim desejarem. Quando há necessidade, também é solicitado atendimento médico e emissão de documentos.
CAPS
Esse trabalho atua de mãos dadas com o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Extrema, que realiza um plano de ação individual para as pessoas em condição de rua. Seu objetivo é sensibilizar o cidadão para que aceite atendimento médico de enfrentamento ao uso prejudicial de drogas, uma vez que o vício é a principal causa da situação, promovendo a qualidade de vida, bem como a reabilitação social e psíquica para sua reinserção na sociedade.
“Dentro dessa abordagem que a Assistência Social tem feito constantemente às pessoas em situação de rua, ofertando cuidados e atenção às questões sociais, nós, do CAPS, também fazemos abordagens conjuntas constantemente e algumas abordagens em separado […]. Essas abordagens são contínuas, semanais, além dos grupos e atividades que a gente faz no CAPS, buscando trazer mais qualidade de vida e possibilidades para estas pessoas”, explicou o psicólogo do CAPS, Rodrigo Souza Collety.
Fonte: ASCOM – Prefeitura de Extrema