Vereadores preocupados com atual situação da saúde no município apontam causas e buscam possíveis soluções para a crise
No dia 17 de novembro a população de Estiva foi surpreendida com a notícia do fechamento do único hospital do município. A Santa Casa e Maternidade Nossa Senhora de Fátima que há décadas atendia seus munícipes fechou suas portas por medida da Vigilância Sanitária Estadual, considerando que a instituição estava em “situação de risco” por falta de médicos e poderia, diante de tal quadro trazer sérios riscos à população.
O motivo foi a crise financeira, o que ocasionou a suspensão dos plantões médicos, além de outros problemas gerados pela falta de recursos e que refletiu no funcionamento inadequado da instituição.
Na reunião da Câmara do dia 03 de novembro, foi discutido tal possibilidade entre as autoridades do município. Na ocasião, estiveram presentes, o prefeito municipal João Marques Ferreira, o Secretário Municipal da Saúde, Jean Philipe Alves da Silva, e representantes da Santa Casa.
Também marcaram presença, o representante da Santa Casa Sebastião Célio Pereira e a representante da empresa que administra a instituição Maria de Lourdes, os quais explanaram sobre a real situação financeira da instituição.
Sebastião Célio disse que o valor que deveria ser repassados pelo município neste ano é de R$ 1.044.000,00, e que foram repassados até julho R$735.000,00. Maria de Lourdes disse que a dívida total da instituição até o momento é de aproximadamente R$ 748.000,00, sendo R$ 89.000,00 com fornecedores, R$ 85.000,00 com folha de pagamento e R$ 146.000,00 apenas com os médicos.
Diante da situação que se arrastam desde agosto, os vereadores preocupados decidiram antecipar a devolução de parte do duodécimo no valor de R$ 80.000,00 à Prefeitura, que por sua vez repassou ao hospital.
Durante a reunião, os vereadores cobraram a posição da prefeitura e a responsabilidade da mesma quanto ao pronto atendimento, na falta de um plano alternativo, e solicitando a permanência de uma ambulância devidamente equipada com balão de oxigênio, desfibrilador e de um profissional de enfermagem durante 24 horas na Santa Casa para auxiliar nas situações de urgência/emergência, entre outras.
Vários questionamentos foram feitos pelos vereadores, já que todos estão preocupados e empenhados na resolução desta questão, embora mesmo cumprindo seu papel, nem sempre depende da Câmara a solução de determinadas situações.
Sr. João Marques Ferreira, Prefeito Municipal falou de sua preocupação com os fatos, de seu compromisso com a Santa Casa e de seu empenho na busca de uma solução. Falou de suas cobranças junto aos seus deputados, da dificuldade encontrada pela falta de apresentação da CND e que gostaria de ajudar muito mais, mas devido às dificuldades financeiras enfrentadas pelo Município não tinha como.
Segundo nota dada pela prefeitura nas redes sociais, o Município estuda uma forma alternativa de reestabelecer o serviço de atenção básica especializada o mais breve possível, e que diante desta situação emergencial será transferindo o Programa de Pactuação Integrada (PPI) de Saúde para os municípios de Pouso Alegre e Cambuí, e que ainda implementará na rede de assistência básica de saúde protocolos de atendimento especializado nas unidades de saúde.
Concluindo, a prefeitura afirmou que, as urgências e emergências serão encaminhadas para estes municípios vizinhos e demais demandas serão atendidas na Unidade Básica de Saúde e no PSF.
A Câmara, através de seus vereadores, intermediou por várias vezes reuniões entre a Santa Casa e a prefeitura para buscar solução quanto ao problema em questão e continuará se empenhando e não medindo esforços para que esta situação seja normalizada o mais rápido possível.
Por: Dilma Lopes – ASCOM/ Câmara M. Estiva