A Caminhada do Agosto Branco aconteceu na última quarta-feira, 7, pelas ruas do centro de Extrema. A ação foi a primeira na programação do projeto Mulheres Valentes, que visa alcançar o fim de qualquer tipo de violência contra a mulher.
A caminhada teve início na Praça Presidente Vargas e foi em direção ao Extrema Futebol Clube, para a realização de uma benção ecumênica. Homens e mulheres participaram da atividade, que chamava a atenção para a luta das mulheres por respeito e dignidade.
Com o grito de “Mulheres valentes e homens conscientes”, a iniciativa buscou trazer também os homens para uma luta que deve ser de toda a sociedade, considerando que ainda hoje a cada dois minutos uma mulher registra agressão, ou seja, são 30 mulheres agredidas a cada hora, sem contar as vítimas que não denunciam.
A caminhada aconteceu no dia do aniversário da Lei Maria da Penha. A lei que respalda mulheres vítimas de agressão doméstica e se movimenta para salvaguardar a vida destas completou 13 anos de existência.
Projeto Mulheres Valentes
Ao longo do mês, serão realizadas ações de conscientização através do projeto Mulheres Valentes, uma iniciativa conjunta da Prefeitura de Extrema e da Câmara de Vereadores. As próximas ações são a exibição do filme “Vida partidas”, no dia 13/08 e um coquetel de lançamento do projeto, com a presença da atriz Renata Banhara, ativista da causa, no dia 20/08.
Idealizado na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher de Extrema, o projeto visa conscientizar sobre toda a luta das mulheres e, ainda, encorajar as vítimas a denunciarem e se livrarem do ciclo de violência.
Na manhã de ontem, 9, os vereadores que integram a comissão, Telma Maciel, Pastor René Cursino e Danilo de Morais, acompanhados do presidente da Câmara, Leandro Marinho, encontraram-se com o prefeito João Batista da Silva na rádio Portal FM, para avaliar o início do evento e celebrar a grande adesão popular à causa.
Violência contra a mulher
Apesar de ser um assunto muito pautado, os casos de violência contra a mulher não param de crescer. Apenas nos últimos 3 anos, 12 mil mulheres morreram vítimas de feminicídio e quase 900 mil pediram medida protetiva em todo o país.
Os números revelam a necessidade de ainda mais conscientização e políticas públicas que trabalhem no sentido de quebrar o ciclo da violência, que, muitas vezes não tem início com a agressão física, mas sim, com a tortura psicológica, através de relacionamentos abusivos.
Quem testemunhar casos de violência doméstica deve denunciar através das centrais telefônicas 181 (Disque-Denúncia) ou 180 (Central de Atendimento à Mulher). A ligação é anônima e pode salvar vidas.