Marcado pelas incertezas e imprecisões, o climatério trata-se do momento de transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo. Normalmente, compreende-se entre 40 e 65 anos de idade. São anos em que o corpo da mulher passa por diversas mudanças, especialmente hormonais.
De acordo com especialistas, cada mulher passa por essa fase de uma forma. Porém, o que é quase uma unidade é o conjunto de sintomas desagradáveis que estão presentes na realidade delas nesse período.
O artigo desenvolvido por Cecília Nogueira Valença e Raimunda Medeiros Germano aponta os principais sintomas listados por entrevistadas que se encontravam no climatério. 74% delas afirmaram sofrer de mialgia, 58% ondas de calor, 50% apresentavam aumento da frequência miccional, 54% apresentavam cefaleias, entre outros sintomas.
No mesmo artigo “Concepções de Mulheres Sobre Climatério e Menopausa”, afirma-se que possuir mais educação possibilita maior controle sobre os impactos negativos desse período, “proporcionando uma sensação de bem-estar” à mulher.
“As mulheres que se sentem amparadas conseguem entender melhor seus conflitos e seguir adiante, encontrando forças para levar uma vida normal”, afirmam as pesquisadoras.
Portanto, o acompanhamento psicológico também pode auxiliar as mulheres neste momento, já que as mudanças influem em suas vidas nos âmbitos psicológico, físico, social e sexual.
Hoje a expectativa de vida da mulher no Brasil gira em torno de 70 anos, ou seja, cerca de 1/3 de sua vida será durante o climatério e a menopausa. Isso demonstra que a mulher pode e deve aprender a conviver com esta mudança, pois há muito para ser usufruído.