Médico pneumologista fala sobre a doença, tratamentos e a relação com a prática da atividade física
No dia 7 de maio é lembrado o Dia Mundial da Asma. A data, criada em 1998 pela Initiative for Asthma, ou Iniciativa Global para a Asma (Gina), visa conscientizar a população sobre a prevenção da doença. De acordo com a entidade, a doença atinge 350 milhões de pessoas em todo o mundo atualmente.
Sérgio Pontes, médico pneumologista da Aliança Instituto de Oncologia explica que a asma é uma doença pulmonar crônica ocasionada por uma resposta inflamatória desencadeada por irritativos, mas pode estar relacionada a suscetibilidade genética. “Acredita-se que 10 a 12% da população brasileira tenha asma, que é a 4ª causa de internação no país, chegando a mais ou menos 120 mil complicações relacionadas à doença”, destaca.
De acordo com o especialista, os sinais e sintomas mais prevalentes são a tosse, a falta de ar e chiados, além da sensação de aperto no peito. “O diagnóstico é realizado através do quadro clínico, avaliação física e exames (espirometria e imagem)”, afirma.
Dr Sérgio comenta que o tratamento envolve controle ambiental, e deve-se evitar poeira, mofo, animais que soltam pelo e, principalmente, não se expor a fumaça e produtos com cheiro forte, como tabaco ou lenha, além de produtos de limpeza.
Tratamento farmacológico
Mas, e quando essas medidas não são suficientes? “O tratamento farmacológico entra em ação. Bombinhas de ar, que são os broncodilatores, além do corticoide em lata são substâncias que abrem os pulmões e propiciam que o paciente respire melhor”, afirma o Dr. Sérgio. Além disso, existem medicações de manutenção que podem ser usadas regularmente para evitar crises, e as medicações de resgate, inalações, nebulizações usadas em situações de emergências ou quando tem um desconforto maior.
Atividades físicas
Antigamente, era comum o paciente com diagnóstico de asma ser dispensado de atividades físicas no colégio, por exemplo. Há alguns anos isso caiu por terra. “As atividades físicas são altamente indicadas e ajudam a melhorar a qualidade de vida de um asmático. Não existe nenhuma restrição ou indicação, a atividade precisa ser prazerosa para que ele não deixe de realizar por qualquer impedimento”, ressalta o Dr. Sério que tem a natação como uma das atividades mais completas por controlar a respiração, mas faz um alerta “só é preciso tomar cuidado com piscinas ricas em cloro, podem desencadear crises de asma em pessoas alérgicas, porém existem as piscinas dessalinizadas que são amplamente seguras para atenderem esses pacientes”, finaliza Dr Sérgio.
Fonte: Grupo Objetiva