A ligação entre o corpo e a mente ajuda a compreender as doenças psicossomáticas, conhecidas popularmente como doenças emocionais. De acordo com a psicóloga do Hospital Edmundo Vasconcelos, Maria Camila Mahfoud Marcoccia, essas enfermidades são aquelas cujos fatores psicológicos e sociais interferem no processo orgânico do corpo.
A definição pode ser exemplificada quando há picos de estresse resultando na baixa imunidade, ou dores de cabeça, problemas intestinais e de estômago que aparentemente não tem nenhum diagnóstico clínico. “Assim como quando estamos doentes acaba interferindo na parte psicológica, o psicológico também pode interferir no corpo, ocasionando esses e outros sintomas”, complementa a especialista.
Para estes casos, o tratamento é iniciado com a avaliação adequada de um médico que verifica todas as possibilidades clínicas, para então indicar um acompanhamento psicológico e, em alguns casos, psiquiátrico. Maria Camila explica que nem sempre há persistência para encontrar a causa do problema, e isso pode ocasionar prejuízos ao bem-estar.
“Ainda existe um preconceito grande com doenças de origem emocional, pois se correlaciona dificuldade emocional com fraqueza, o que pode dificultar a aceitação do diagnóstico e a busca constante por outros médicos, exames etc. Sem o tratamento adequado, a pessoa corre o risco de viver em função de controlar o sintoma e não cuidar verdadeiramente da causa”, enfatiza.
Outro alerta direcionado ao déficit no tratamento é o uso irregular ou excessivo de medicamentos, usados de forma paliativa para sanar os sintomas. “É importante lembrar que as doenças psicossomáticas podem intensificar sintomas de doenças diagnosticadas clinicamente, e para que isso seja amenizado é preciso compreender e tratar a causa”, finaliza.
Fonte: Tree Comunicação