Um estudo feito pela consultoria alemã Roland Berger com 230 empresas de energia, elegeu a Energisa uma das 20 melhores em desempenho do mundo. Dentre as concessionárias classificadas pela pesquisa, 12 são brasileiras. A avaliação consistiu em medir o retorno de capital investido e o crescimento em receita.
Entre as 20 melhores do mundo estão 12 elétricas brasileiras (Equatorial, Energisa, Neoenergia, Celesc, CPFL, EDP Brasil, Light, Duke Paranapanema, Cemig, Endesa Brasil, Elektro e Tractebel), que aparecem listadas ao lado de gigantes como a alemã E.On, a italiana Enel Green Power e a China Three Gorges (CTG) – esta adquiriu recentemente as usinas Jupiá e Ilha Solteira.
A Energisa, assim como as demais empresas analisadas no grupo, teve retorno sobre capital investido e crescimento em receita, pelo menos duas vezes superior ao da média mundial. No caso das brasileiras, o resultado surpreende ainda mais, pois nos últimos anos elas têm enfrentado queda na rentabilidade.
Ricardo Botelho, presidente do Grupo Energisa, destacou que isso é mérito de um trabalho em equipe. “Nosso time de 12 mil colaboradores está de parabéns pela garra e disposição em alcançar resultados, construindo uma empresa de destaque entre as melhores do setor no Brasil e no mundo”, diz.
A Roland Berger realiza periodicamente estudos no setor elétrico. O estudo, com base em dados de 2014, teve como foco o desempenho das empresas do setor, buscando caracterizar os desafios atuais e identificar os principais fatores de sucesso das empresas com melhor performance.
A análise também destaca que as elétricas nacionais adquiriram grande capacidade de adaptação em relação às estrangeiras por operarem num ambiente sujeito a mudanças regulatórias. Isso fez com que adquirissem disciplina fiscal, desenvolvessem modelos de gestão eficientes e buscassem constantemente reduzir custos, o que contribuiu para o resultado. Para manter a posição de destaque em 2015, os desafios das empresas elétricas brasileiras serão muito grandes frente ao quadro de aumento de tarifas e a maior retração de consumo dos últimos 15 anos.