A hanseníase é uma das doenças mais antigas do mundo e ainda causa consequências graves na população mundial. Descrita na Bíblia, a doença já teve fama até de castigo divino e o preconceito gerado por esses comentários permanecem até hoje. Em casos mais avançados, a hanseníase pode causar deformidades e manchas na pele e incapacitar quem foi infectado. A hanseníase pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade. O que deve ficar claro é que a transmissão só acontece quando a pessoa fica exposta ao bacilo por um longo período. A coordenadora-geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação do Ministério da Saúde, Carmelita Ribeiro Filha, afirma que o fato de crianças adoecerem por conta da infecção é um sinal de alerta à circulação do bacilo que causa a hanseníase.
“Criança adoecendo de hanseníase, não deveria. Uma criança que adoece de hanseníase significa que tem alguém próximo adulto que está sem tratamento e está transmitindo. Teoricamente não deveria adoecer, se a gente diz que leva de dois a sete anos, com um período de encubação tão longo, a criança com três anos deveria ter hanseníase? Não. Se ela tem, é porque certamente tem alguém muito próximo a ela, doente, e transmitindo essa doença”.
Por isso mesmo, o importante é ficar atento aos sinais do seu corpo e também observar toda a sua família. Ao surgimento de qualquer mancha que tenha a perda ou diminuição da sensibilidade ao toque, ao calor ou frio, procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima. Quanto mais cedo o diagnóstico, menores as chances de sequelas. A hanseníase tem cura e o tratamento está disponível gratuitamente no SUS. Por isso, não esqueça: identificou, tratou, curou. Para mais informações acesse saúde.gov.br/hanseníase.
Fonte: Agência do Rádio