Aleitamento materno promove desenvolvimento infantil e sustentável. Brasil é referência mundial no tema.
A Organização Mundial da Saúde recomenda que os bebês recebam leite materno até os dois anos ou mais, associado à alimentação complementar saudável.
A campanha dedicada à amamentação deste ano foi, oficialmente, lançada na segunda-feira (1º). Com o alerta “Amamentar faz bem à saúde da mãe, do bebê e também do planeta”, a iniciativa tem como objetivo ressaltar a importância do aleitamento materno, bem como chamar atenção das pessoas sobre as metas de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
A ação, que tem participação do Ministério da Saúde e parceria da Sociedade Brasileira de Pediatria, conta com cartazes, folders e cartões para internet.
O Brasil é referência no mundo quando se trata de aleitamento materno, registrando uma taxa de 41%. O País está à frente dos Estados Unidos, Reino Unido e China, com o dobro das taxas de aleitamento exclusivo até os seis meses e 12 meses de vida, quando comparado a esses países.
A Organização Mundial da Saúde recomenda que os bebês recebam leite materno até os dois anos ou mais, associado à alimentação complementar saudável, sendo exclusivamente até o 6º mês de vida.
Além de fazer bem para a saúde da mãe e do filho, o aleitamento materno é a forma mais econômica e ecológica de alimentar uma criança. Para fabricação dos leites em pó ou longa vida, é necessário o uso de energia, assim como materiais para embalagem, combustível para a distribuição e de água, além de produtos de limpeza tóxicos para o preparo diário. Por isso, só devem ser utilizados por orientação médica, quando a mulher estiver impedida de amamentar.
“O leite materno já vem pronto, está sempre na temperatura correta para o bebê e não necessita de nenhum preparo prévio nem gasto de energia, ou seja, não agride o meio ambiente “, afirma o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Brasil é destaque
No início do ano, a revista britânica The Lancet, na série especial sobre aleitamento materno, alertou sobre os índices globais de amamentação exclusiva em crianças menores de seis meses, que ainda estão abaixo de 50% na maioria dos países.
De acordo com dados da revista, os avanços destacados nesse estudo mostram que as crianças brasileiras, em 1974-1975, eram amamentadas em média dois meses e meio, sendo que em 2006-2007 essa média subiu para 14 meses.
A revista indica que um aumento de 10 pontos percentuais no índice de amamentação exclusiva até os seis meses ou da amamentação continuada até os dois anos ou mais se traduziria numa economia em tratamentos de saúde de 6 milhões de dólares no Brasil.
As expressivas taxas de aleitamento materno no Brasil se deve ao fato da Política Nacional de Aleitamento Materno possuir diversas ações que apoiam, promovem e protegem a amamentação.
Na atenção primária, o Ministério da Saúde capacitou 22.371 profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS) para promover a prática do aleitamento materno e alimentação complementar saudável nas famílias.
Na atenção secundária e terciária, existe a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), com 326 certificados em todo o País. Além disso, há cerca de 220 bancos que compõe a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (BLH) e o Método Canguru, voltados aos recém-nascidos de baixo peso.
O ministério também possui ações que são transversais e intersetoriais como a estratégia “Mulher Trabalhadora que Amamenta”, que entre seus eixos incentiva as empresas a implementar salas de apoio à amamentação.
Atualmente, existem 160 salas de apoio certificadas em todo Brasil. Outra importante iniciativa é a “Norma Brasileira para Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL)” e as mobilizações sociais o “Dia de Doação de Leite Humano” e a “Semana Mundial de Amamentação”.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde