Serviço da Serasa Experian ajuda bancos a cumprirem resolução do Banco Central e implantação de política socioambiental

Ampliar a análise na concessão de crédito contemplando riscos de natureza social e ambiental, além da tradicional análise financeira. Esse é o objetivo do Banco Central ao regulamentar a Resolução 4.327, assinada no último dia 25 de abril, contendo as diretrizes para que bancos e demais instituições financeiras instituam suas Políticas de Responsabilidade Socioambiental (PRSA). Na prática, a nova regulamentação levará as instituições financeiras a conhecer melhor os clientes, minimizando o risco de financiar projetos de empresas não conformes em relação à legislação ambiental, social, previdenciária e fiscal.

Segundo o gerente de produtos da Serasa Experian, Franklin  Mendes Thame, a obrigatoriedade de definir uma PRSA leva às instituições financeiras à necessidade de agir a partir do conhecimento das responsabilidades socioambientais de seus clientes. “Com isso, promove-se uma série de benefícios tanto para as próprias instituições como para a sociedade”, diz o gerente. Em primeiro lugar, os bancos reduzem o risco de prejuízos financeiros, uma vez que riscos socioambientais impactam nas atividades financeiras. “Uma empresa com não conformidades nas esferas sociais e ambientais tem mais chances de não honrar compromissos assumidos com o credor”, esclarece Thame. Segundo ele, ao estabelecer critérios mais abrangentes para a concessão, os bancos mitigam não só a inadimplência, mas também questionamentos judiciais, que podem derivar em riscos diretos ou indiretos. “Uma companhia pode ser saudável economicamente, mas o fato não a habilita a ter crédito, caso esteja incluída no Ministério do Trabalho e Emprego na lista de empresas que praticam trabalho análogo à escravidão ou ainda com processos julgados referentes a crimes ambientais.”

A Resolução 4.327 faz com que as instituições financeiras enxerguem o espectro de crédito nas três dimensões: econômica, ambiental e social. “Surgirão oportunidades de negócios para os bancos”, afirma Thame. “Ao verificar que determinada empresa não possui filtros para conter a poluição, por exemplo, o banco pode propor uma linha de crédito voltada a este fim. Uma ação como essa promove simultaneamente a sustentabilidade sob o ponto de vista econômico, social e ambiental, fazendo com que as empresas levem a sustentabilidade à sua estratégia de negócios e sejam induzidas a estarem em conformidade com a legislação socioambiental”, explica.

As instituições financeiras terão um período de adaptação para que sejam aprovadas as PRSA e iniciados os planos de ação. As empresas do segmento obrigadas a implementar o Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (Icaap), conforme regulamentação em vigor, têm até o dia 28 de fevereiro de 2015 para por em prática suas novas políticas. As demais têm prazo até o final de julho de 2015.

 

 

Foto: Reprodução

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