Investimentos serão feitos em Minas para o enfrentamento às arboviroses

Prevenção e atuação nas regionais integram preparo para época de maior incidência de doenças como dengue, chikungunya e febre oropouche

A época de chuvas e calor intenso é propícia para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela, e do mosquito pólvora (ou maruim), que transmite a febre oropouche, doença diagnosticada pela primeira vez no estado em 2024.

Para que os municípios mineiros se preparem para o próximo período sazonal das arboviroses, que vai de novembro a maio, haverá um investimento de R$163 milhões em recursos estaduais para as ações de enfrentamento a essas doenças.

Investimentos

Do total que será investido, R$ 120 milhões se referem a custeio livre para que os municípios planejem as ações de acordo com cada território, sendo R$ 90 milhões pagos ainda em 2024 e os outros R$ 30 milhões nos primeiros meses de 2025.

Os recursos poderão ser utilizados ainda no enfrentamento às doenças transmissíveis agudas causadas por vírus respiratórios, que também são caracterizadas como emergência em saúde pública.

Outros R$ 28 milhões serão destinados para que os consórcios intermunicipais de saúde contratem serviços complementares de Ultra Baixo Volume (fumacê), estratégia de combate ao vetor das arboviroses.

Além disso, serão destinados R$15 milhões para a continuidade dos trabalhos dos drones, estratégia inovadora que pretende mapear locais com água parada. Também em situações em que o Agente de Combate a Endemias tenha dificuldade de acesso o veículo aéreo não tripulado (Vant) poderá fazer uso do larvicida, eliminando focos do Aedes aegypti.

Panorama

Até o dia 05/08, foram notificados, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), 1.698.328 casos prováveis de dengue no estado, dos quais 1.130.343 foram confirmados. Há 575 óbitos em investigação e 903 confirmados.

Quanto à chikungunya, foram notificados 156.728 casos, sendo 125.904 confirmados. Há 36 óbitos em investigação e 95 confirmados.

Ainda segundo o Painel de Monitoramento de Casos, foram notificados no Sinan, pelos municípios, 227 casos prováveis de zika e 43 confirmados. Destaca-se que não há registro de casos de zika confirmados por método direto (RT-PCR), desde 2018, em Minas Gerais.

Com relação à febre amarela, em Minas Gerais foi registrado um caso da doença, em 2024, que evoluiu para óbito. A doença infecciosa é considerada grave.

Em relação à febre oropouche, diagnosticada pela primeira vez no estado em 2024, foram identificados, até o momento, 147 casos pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MG), da Fundação Ezequiel Dias (Funed), pela técnica RT-PCR.

As amostras analisadas em julho foram coletadas entre os meses de maio e junho de 2024. Outros três casos foram confirmados pelo Lacen-MG, de moradores do município de Botuverá, em Santa Catarina.

Vacinação

A vacina contra a dengue está disponível nos postos de saúde para crianças com idade entre 10 e 14 anos. Até o dia 06/08, 73% das doses distribuídas no estado foram aplicadas.

A cobertura vacinal da febre amarela, em 2024, é de 70,7%. A meta preconizada pelo Ministério da Saúde é de 95%. A vacina é destinada a todas as crianças de até um ano, com reforço aplicado aos quatro anos. As pessoas de cinco a 59 anos que tenham tomado apenas uma dose da vacina ou nenhuma dose, podem procurar a unidade de saúde para se imunizar.

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