IPE realizará III Curso de Manejo Ecológico em Piracaia

Convite

 

 

Patrocinado pela Petrobras, Projeto “Semeando Água”, ensina método sustentável de uso de solo e modelos de restauração florestal a proprietários rurais da região.

 

Durante a manhã da próxima quinta-feira, 28 de maior, o IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas realizará o terceiro Curso do projeto “Semeando Água”, com o objetivo de capacitar produtores rurais, representantes de prefeituras e técnicos de Casas de Agricultura (CATI) a converterem a pastagem convencional para o pastoreio rotacional, além de apresentar os modelos de restauração florestal utilizados nas propriedades rurais parcerias do projeto.

A capacitação está prevista no projeto “Semeando Água” que desenvolve ações para a recuperação e conservação de recursos hídricos por meio da adequação do manejo de pasto, restauração florestal e educação ambiental.

A proposta da capacitação é apresentar as vantagens e benefícios da implantação do manejo ecológico de pastagem como um aliado importante na recuperação do solo; mostrar como os modelos de restauração de Áreas de Preservação – APPs vêm sendo testados nas unidades demonstrativas do projeto, além de expor os primeiros resultados aferidos com a implantação das ações do projeto em propriedades rurais localizadas em municípios que compõem o Sistema Cantareira.

Essas propriedades parceiras têm o objetivo de se tornarem “vitrines” e disseminadoras de práticas mais sustentáveis de utilização de uso do solo e da importância das APPs para a conservação da água que abastece o Sistema Cantareira.

Sobre o Projeto “Semeando Água”

A fragmentação florestal causa a perda de muitos serviços ecossistêmicos, como a provisão da água. Para reverter esses processos que são globais, o IPÊ-Instituto de Pesquisas Ecológicas, com o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, desenvolve o projeto “Semeando Água” em oito municípios que abrangem o Sistema Cantareira de abastecimento. São eles: Piracaia (SP), Joanópolis (SP), Mairiporã (SP), Nazaré Paulista (SP), Bragança Paulista (SP), Vargem (SP), Extrema (MG) e Itapeva (MG).

Nesses municípios, os pesquisadores do projeto influenciam os proprietários rurais parceiros a adotarem práticas sustentáveis de uso do solo e recompõe a floresta que foi suprimida. Além disso, o projeto envolve, por meio da educação ambiental, a comunidade como um todo em suas ações.

Essas ações são particularmente importantes de serem realizadas na região do Sistema Cantareira, responsável por abastecer mais de 14 milhões de pessoas. Além disso, o sistema está inserido em uma importante área de Mata Atlântica que abriga muitas espécies ameaçadas de extinção e conecta dois maciços florestais, as Serras da Cantareira e da Mantiqueira. Tais áreas, entretanto, sofrem grande pressão em seu entorno, com a ocupação do solo inadequada em muitos casos: 65% do total são áreas antropizadas, geralmente pastagens degradadas, sendo que 60% das APPs – Áreas de Preservação Permanente estão inadequadas, ou seja, ou são pastos, plantações de eucalipto ou outros usos, que impactam a qualidade e quantidade de água.

Para reverter esse cenário o projeto “Semeando Água” se baseia em três estratégias:

1 – Influenciar mudanças na matriz produtiva, convertendo a pastagem convencional para o pastoreio rotacional Voisin em sistema silvopastoril, monitorando os ganhos ambientais e financeiros dessas conversões no uso do solo.

2 – Testar modelos de baixo custo de recomposição florestal em áreas de APP, verificando quais modelos se adequam melhor a diferentes contextos de paisagem, a fim de otimizar os recursos financeiros destinados à restauração.

3- Levar informação e educação ambiental para as comunidades, a fim de apoiar o ganho de escala ao projeto. Combinado a isso, desenvolver diversas formas de comunicação e capacitação tendo como referências os indicadores econômicos, sociais e ambientais das propriedades modelos.

Essas ações acontecem em seis propriedades rurais representativas de diferentes condições e locais do Sistema Cantareira. O intuito é que essas propriedades se tornem catalizadoras de uma mudança em maior escala, dentro e fora da região do projeto, subsidiando programas/política de adequação ambiental que visem a conservação do solo e da água.

Sobre o IPÊ

O IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas é uma organização não governamental brasileira que trabalha pela conservação da biodiversidade do País, por meio de ciência, educação e negócios sustentáveis. Fundado em 1992, possui título de Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público e tem sua sede em Nazaré Paulista (São Paulo).

Presente na Mata Atlântica, Amazônia e Pantanal, o Instituto realiza cerca de 40 projetos que incluem pesquisa científica de espécies da fauna e flora, ações de educação ambiental e envolvimento comunitário, além de intervenções em paisagens e apoio à construção de políticas públicas relacionadas com a conservação socioambiental. As atividades de educação ambiental e iniciativas conservacionistas alcançam cerca de 10 mil pessoas por ano e são baseadas no Modelo IPÊ de Conservação, criado e implementado pelo Instituto ao longo de mais de 20 anos de atuação socioambiental.

O IPÊ realiza projetos liderados por pesquisadores especializados em diversas áreas do conhecimento. Ao todo, são 80 profissionais, 15 mestres e 10 doutores, que fazem parte também do corpo docente de seu centro de formação que capacita cerca de 500 pessoas por ano em temas socioambientais. Para multiplicar e transferir o conhecimento adquirido em anos de trabalho com conservação, o Instituto oferece: cursos livres, Mestrado Profissional e MBA.

 

Mais informações: www.ipe.org.br

Fonte: Ascom/IPE

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