Mata Atlântica – a floresta em que vivemos

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A semana da Mata Atlântica começou! Muito próxima da comemoração do Dia do Meio Ambiente, essa data simboliza a reflexão pela floresta que um dia ocupou uma área aproximada de 1.300.000 Km2, estendendo-se por 17 estados brasileiros.

Hoje, restam apenas 8,5% dessa vegetação. Mais de 90% foram destruídos ao longo de muitos anos. Mas não precisamos ir muito longe. Nossa região, considerando as bacias dos rios do Peixe e Camanducaia, que inclui o circuito das Águas Paulista e alguns municípios do Sul de Minas Gerais, perdeu mais de 95% dessa floresta.

Nossas águas, nossa biodiversidade, nossa fauna e nossa flora restringem-se à uma Mata Atlântica totalmente divida em pequenos fragmentos florestais espalhados por toda a região. A situação crítica dessa floresta se estende por todo território nacional.

É por isso que hoje, existe uma Lei de proteção à Mata Atlântica e outras regulamentações que contribuem e incentivam sua conservação, como as leis contra as queimadas, a lei de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), de conservação do solo, entre outras.

A Lei da Mata Atlântica criada em 2006 (Lei 11.428/06) vem com o intuito de proteger o pouco que restou dessa floresta que, historicamente, foi explorada de forma avassaladora e irresponsável. Na lei é determinado que os municípios também são responsáveis e devem assumir sua parte na proteção do bioma, começando por adotar um Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA). No Plano devem ser previstas medidas de proteção, conservação, recuperação e uso sustentável da floresta, as quais trarão vários benefícios a toda população.

Nossos municípios, por meio da sociedade civil junto ao poder público, podem lutar pela criação de áreas protegidas municipais, recuperação de áreas de risco e proteção aos mananciais, assim como buscar recursos para a conservação dessas áreas.

Mas a luta pela Mata Atlântica vai além da proteção das espécies ameaçadas, do “passarinho” que vive na mata, da intrínseca relação entre as plantas e os animais. Estamos falando também da proteção da água, qualidade do clima, da fertilidade do solo para a produção dos nossos alimentos, da garantia da nossa qualidade de vida.

A conservação da Mata Atlântica está relacionada às coisas do nosso dia a dia, de ações muito mais próximas do que imaginamos. Conservar a Mata Atlântica passa por simples atitudes como cuidar das árvores da nossa rua, contemplar a natureza da nossa região, valorizar a beleza cênica que temos aqui, economizar água, separar o lixo, consumir menos, optar por ações sustentáveis e menos agressivas à natureza. Atitudes essas, quando somadas, contribuirão para a melhoria do nosso entorno, da nossa cidade, da região e do planeta.

Somos parte dessa floresta. O desafio pela sua conservação e restauração é enorme e todos somos responsáveis por isso.

 

Fonte: Associação Ambientalista Copaíba

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