Decreto de emergência em saúde viabiliza contratações e compras de insumos com agilidade para o combate às arboviroses em todas as regiões
Cenários epidemiológicos exigem respostas imediatas. Diante da ameaça das arboviroses em Minas Gerais – que vive o segundo ano consecutivo epidêmico para dengue e chikungunya – o Governo de Minas detalhou série de ações com o objetivo de prevenir e proteger a população das doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti.
“Pela primeira vez, Minas vai viver o segundo ano consecutivo epidêmico para dengue e chikungunya. Por isso, ações imediatas estão sendo tomadas, especialmente o decreto de emergência, para facilitar tanto a contratação de profissionais, quanto a compra de insumos pelo estado e pelos municípios mineiros”, anunciou o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.
“Os indícios demonstram crescimento precoce dos números e a previsão é a de que até março devamos ter o pico de casos no estado. O que de fato sabemos é que teremos um ano difícil no estado de Minas Gerais”, destacou.
Historicamente, Minas Gerais tem um ano epidêmico de dengue a cada três anos. Em 2023, foram registrados 327.238 casos e 204 mortes de janeiro a dezembro. Neste ano, até 22/01, foram 32.316 casos prováveis da doença, 11.490 casos confirmados, 14 óbitos em investigação e um óbito confirmado no estado.
Histórico
Ainda segundo o secretário, desde outubro de 2023, a dengue apresenta um comportamento muito semelhante a 2016 e 2019, e até um pouco acima destes anos epidêmicos.
Até o momento, 600 municípios mineiros apresentam casos de dengue. “A região Central concentra o maior número desses casos, mas a tendência é a de que a alta se espalhe por todo o estado neste ano. Não significa que teremos mais casos até o fim do ano, mas que tivemos um crescimento precoce”, explica.
“A dengue tem muita relação com o período chuvoso e com o calor e, em setembro e outubro do último ano, tivemos recordes de altas temperaturas. Dessa maneira, a curva pode mudar um pouco. Por isso, a importância de reforçar os cuidados coletivos e individuais para evitar os criadouros de mosquitos”, ressaltou.
Investimentos
Para combater criadouros de mosquito e viabilizar outras medidas de prevenção e combate ao Aedes aegypti e às doenças dengue, zika e chikungunya, o secretário anunciou um incremento de R$ 32,2 milhões a serem pagos agora em fevereiro aos municípios mineiros.
O valor se soma aos R$ 80,5 milhões previstos para esse período sazonal, dos quais R$ 48,3 foram repassados em dezembro e R$ 32,2 estão previstos para o mês de julho.
O Governo de Minas também está investindo, via Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), R$ 30,5 milhões para que os municípios contratem o serviço de drones que serão utilizados na identificação, monitoramento e tratamento dos focos e criadouros do Aedes aegypti, permitindo uma atuação mais direcionada e eficaz por parte das secretarias municipais de Saúde. Foram repassados R$ 15 milhões em 2023 e o restante será pago nos próximos meses.
“Os drones são bastante efetivos no mapeamento das regiões com focos do Aedes, pois verificam os locais com condições claras de focos de dengue e podem colocar o larvicida, que é mais eficaz que o fumacê, que combate apenas a forma adulta do mosquito. Hoje, os 853 municípios mineiros têm o recurso para adquirir esses equipamentos, alguns com repasses diretos e outros por meio dos consórcios de saúde”, ressaltou o secretário.
Fonte: SECOM – Superintendência de Imprensa de Minas Gerais