Comitiva destacou importância do etanol e citou ações para reduzir emissões no mercado do aço
O Governo de Minas participou, até 26/09, da 16ª edição da Semana do Clima de Nova Iorque, nos Estados Unidos, um dos principais eventos da agenda climática mundial.
Na segunda-feira (23), a comitiva mineira, formada pelo vice-governador Professor Mateus e pela secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo, falou sobre transição energética e descarbonização.
Professor Mateus começou o dia participando do painel “Promovendo a energia renovável na América Latina: o papel das empresas e dos governos subnacionais”. O debate buscou explorar a participação da iniciativa privada e dos Estados no avanço da transição energética no continente.
O vice-governador enfatizou que é importante discutir as políticas de cada fonte de energia para que sejam criadas soluções sustentáveis. Como exemplo, ele citou o fim da vida útil dos painéis de energia fotovoltaica, assunto que precisa ser aprofundado. Ele também defendeu a eletricidade produzida por biomassa e que os governos precisam avançar na parte regulatória da referida matriz energética.
Outro ponto defendido por Professor Mateus durante o debate foi o uso do etanol como combustível de veículos. “Carros elétricos ainda não são para todos. Não dá para ir por este caminho. Temos etanol e não dá para acompanhar a Europa em questão de carros elétricos”, afirmou.
Descarbonização do aço
A secretária Marília Melo participou do painel “Forjando o futuro: como a ação do setor público pode apoiar a descarbonização do aço para criar um mercado de aço líquido zero”. O debate mostrou políticas públicas ao redor do mundo que estão apoiando a transformação em toda a indústria.
Em Minas, o Plano Estadual de Ação Climática (PLAC-MG) prevê a inserção e ampliação do uso do hidrogênio em processos industriais para a substituição de combustíveis e materiais, em especial na produção siderúrgica.
O documento também prega a ampliação do uso do carvão vegetal e biomassa em processos industriais em substituição parcial de agentes redutores fósseis e/ou fonte de combustível.
Marília chamou a atenção para tecnologias que são necessárias para fazer a transformação de energia que irá garantir a descarbonização do mercado do aço. A secretária alertou para os custos envolvidos no processo e que este é o maior desafio para países como o Brasil, reforçando a necessidade de financiamento internacional para que as empresas, sobretudo as pequenas e médias, avancem.