Parada Gay de Bragança Paulista atinge recorde de público

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A 7ª Parada do Orgulho Gay de Bragança Paulista bateu recorde de público. Neste ano o evento aconteceu no domingo, 18/11, e versou o tema “Temos Família e Orgulho da Diversidade”. A parada bragantina é uma mobilização social na luta contra a igualdade dos valores morais e sociais e faz parte do calendário cultural do interior paulista.

Além de três grandes trios elétricos que tocaram música eletrônica, faixas ostentavam dizeres contra a homofobia. Militantes da causa LGBT, simpatizantes, curiosos e a população em geral se uniram em torno da bandeira do arco-íris trazendo consigo a tolerância e o “não ao preconceito”. “Isso não uma festa ao ar livre tampouco um carnaval fora de época. Este evento é uma forma de dizermos ‘não’ contra a homofobia e alertamos a todos sobre a relevância na igualdade das classes. Somos o país número um em mortes de homossexuais em todo o mundo e devemos mudar este triste índice. A passeata vem simbolizar esta luta. Por isso estamos nas ruas com muito amor no coração, respeito pelo individualismo e protesto”, disse Juma, idealizadora da parada.

As Secretarias Municipais de Cultura e de Saúde da Prefeitura de Bragança Paulista estiveram envolvidas na causa. Equipes distribuíram folhetos, preservativos e materiais sobre DST/AIDS. Em seu discurso, Noy Camillo, diretor cultural de Bragança, falou sobre o apoio do Executivo nas questões que militam a luta contra a violência homoafetiva. “Estamos representando o prefeito Fernão Dias e toda a equipe administrativa para que tenhamos mais força para apoiar causas importantes como essa”, frisou. A presença de Priscila Drag, que é organizadora da Passeata Gay de Campinas/SP, foi outro ponto alto do evento.

A passeata saiu às 15h30 da travessa Riachuelo, região central da cidade, e seguiu pelas principais ruas com destino à Passarela Chico Zamper (sambódromo). O clima de alegria e apoio era visto nas sacadas das casas e no buzinaço dos veículos. Famílias inteiras se vestiram com as sete cores do arco-íris e foram para as ruas e avenidas. “Alegria. Respeito. Igualdade. Estas são algumas das palavras que devem constar na mente das pessoas. A renovação dos preceitos de convivência entre as pessoas deve ser passada de pai pra filho. Somos iguais a todos porque pagamos impostos e não almejamos a violência como forma de mudar o mundo”, declarou Priscila Drag na abertura da parada. Diversas igrejas evangélicas que estavam localizadas no trajeto não se manifestaram contra o evento. “A homofobia é uma série de atitudes e sentimentos negativos em relação a pessoas homossexuais. Vamos mudar essa cognição social enquanto indivíduos honestos, trabalhadores e dignos. Em maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a legalidade da união estável entre pessoas do mesmo sexo no Brasil. A decisão retomou discussões acerca dos direitos da homossexualidade, além de colocar a questão da homofobia em pauta. Apesar das conquistas no campo dos direitos, a homossexualidade ainda enfrenta preconceitos. Por isso estamos nas ruas. E vamos adiante!”, finalizou Juma.

As Secretarias de Trânsito e Segurança e de Turismo também juntaram esforços para colocar a parada na rua. A Polícia Militar deu total suporte. Poucos incidentes foram registrados, como a apreensão de um motociclista sem carteira e um pequeno tumulto no sambódromo (entre pessoas que não estavam ligadas ao evento e que foram gentilmente convidadas a se retirar). Após o desfile, a passarela Chico Zamper reuniu mais de 30 mil pessoas que puderam assistir aos shows performáticos. DJ’s animaram a festa até 21h. (Léo Demeter jornalista / www.orsm.com.br)

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