Substituindo os plantões regionalizados, modelo busca reduzir os deslocamentos e agilizar os registros de ocorrências
Os flagrantes por videoconferência e os plantões digitais da Polícia Civil, que começaram a ser implantados como forma de dinamizar as prisões e autuações, foram discutidos na tarde de segunda-feira (9/11/20), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Durante a reunião, realizada pela Comissão de Segurança Pública a pedido do deputado Sargento Rodrigues (PTB), o chefe-adjunto da Polícia Civil de Minas Gerais, Joaquim Francisco Neto e Silva, afirmou que 18 dessas delegacias virtuais já foram implantadas e a perspectiva é de que esse número chegue a 50 em 2021 e 85 em 2022.
O novo modelo de atendimento tem o objetivo de substituir os chamados plantões regionalizados, nos quais os policiais militares precisam se deslocar até municípios polos com suspeitos e testemunhas para lavrar flagrantes e registrar ocorrências.
O tenente-coronel da Polícia Militar Márcio Luiz Guilherme citou alguns dos problemas desse modelo. Segundo ele, às vezes o deslocamento para prisões em flagrante, com suspeitos e testemunhas, é por mais de 200 quilômetros, em trechos não asfaltados, o que deixa os militares fora dos seus postos ao longo de todo o dia. Há casos de acidentes, até mesmo com mortes, nesses trajetos.
Para evitar esses deslocamentos, começou a ser pensado um modelo digital de plantão. Segundo o chefe-adjunto da Polícia Civil, para funcionar, o flagrante por videoconferência exige a presença de um investigador da Polícia Civil no município onde foi registrada a ocorrência. Já na outra ponta da conexão virtual, estarão o delegado, o escrivão, o perito e outros policiais civis.
A proposta foi testada, como projeto piloto, na região de Nova Lima (Região Metropolitana de Belo Horizonte), por quatro meses e, ainda de acordo com Joaquim Francisco, foi bem avaliada.
Fonte: Assessoria de Imprensa/ALMG