Secretaria de Saúde de Minas Gerais alerta população sobre perigos dos produtos de limpeza

Vigilância Sanitária Estadual orienta que é preciso conferir e evitar misturas

Detergente, desinfetante, álcool, cloro e cera são alguns dos saneantes aos quais temos acesso para fazer a limpeza e higienização dos ambientes. Eles são utilizados, na maioria das vezes, sem seguir um padrão de quantidades ou misturas e sempre tem alguém com uma receita caseira para acabar com a sujeira de vez.

No entanto, a combinação de alguns desses itens pode causar sérias reações alérgicas ou intoxicações. Eles nunca devem ser misturados de forma aleatória. É necessário verificar as informações do rótulo e seguir as orientações do fabricante, tanto no manuseio, quanto na diluição, para prevenir acidentes que podem ser causados pela reação entre os componentes, como irritação, intoxicação e até queimaduras.

Todo produto regular tem informações como o nome, empresa responsável, componente ativo, lote e data de validade no rótulo. Se não tiver nenhuma informação, é irregular ou clandestino e não deve ser adquirido.

Riscos à saúde

Itens de limpeza devem ficar guardados em local seguro. É muito importante ter cuidado no armazenamento, principalmente por causa de crianças e animais. Como as embalagens e os líquidos são coloridos, atraem a atenção dos pequenos, aumentando a possibilidade de graves acidentes.

Por falar em crianças, elas são maioria quando o assunto é intoxicação acidental com produtos de uso domiciliar. De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), foram registrados 145 casos em crianças de 1 a 4 anos em 2023 e de janeiro a julho de 2024.

Na faixa etária de 20 a 64 anos foram registrados 173 acidentes no mesmo período, o que também envolve a má utilização dos produtos, misturas de componentes reagentes ou uso de itens irregulares.

Fiscalização

A Vigilância Sanitária (Visa) estadual inspeciona os fabricantes e as Vigilâncias Sanitárias municipais fiscalizam, principalmente, os distribuidores e comércio varejista, para evitar a comercialização de produtos irregulares.

Esse monitoramento tem a finalidade de verificar se as boas práticas de fabricação, distribuição e comercialização foram seguidas, por meio da análise dos componentes da formulação, processo de embalagem, rotulagem e identificação do item, assim como armazenamento e transporte.

Um alerta também se faz para os saneantes de fabricação caseira, que geralmente são vendidos em garrafas pet, sem identificação, por ambulantes nas ruas, em pequenos comércios ou de porta em porta.

A Visa alerta que esses produtos podem ser prejudiciais à saúde, pois não passam por nenhum controle de qualidade ou sanitário.

O que fazer em caso de reação?

Caso seja percebida irritação, vermelhidão, coceira ou queimaduras após utilizar algum saneante, é preciso lavar a área imediatamente com água corrente e entrar em contato com o fabricante do produto para fazer um relato completo do ocorrido.

Em casos graves, é preciso procurar atendimento em uma unidade de saúde o mais rápido possível.

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