Esporte em crescimento em todo o mundo, o Triathlon vem ganhando grande participação das mulheres. Nas corridas de ruas elas já representam a metade dos competidores e no Triathlon (natação+bike+corrida) já representam 20% dos atletas.
O Ironman Fortaleza, que aconteceu no último domingo, dia 08 de novembro não teve nomes da elite. No entanto 800 atletas, representando 25 países, deram o brilho à segunda edição da maior prova de triatlo do mundo, na Capital cearense. A largada, no Marina Park Hotel, aconteceu às 6 horas (7 horas de Brasília), com limite de prova de 17 horas, e os participantes enfrentaram 3,8 quilômetros de natação, 180,2 quilômetros de ciclismo e 42,2 quilômetros de corrida. O evento classificou 50 atletas para o Mundial Ironman do Havaí de 2016.
A triatleta Tainá Desidério, de Santa Rita do Sapucaí, fez uma belíssima participação na prova e garantiu o pódio com o terceiro lugar.
A triatleta completou a prova com tempo de 16h35m53s.
“Quando eu era mais nova, meu maior sonho era completar um Ironman e dentre todas as ilusões que eu já criei tentando imaginar como seria eu nunca fui capaz de chegar perto do que realmente é participar de uma prova assim. Sabe aquela frase que diz “Onde o filho chora e a mãe não vê”? É muito isso!”, comentou.
De acordo com Tainá, seus limites vão além do que sua capacidade poderia imaginar. “Eles vão além de 3,8km de natação, 180,2 km de ciclismo e 42,2km de corrida!!! Essa foi minha estreia em Ironman sendo a mais nova da prova e sofrendo tanto quanto todos que estavam lá.”
“Aprendi que meus limites são superáveis, minhas dores controláveis e meus sonhos realizáveis! Em 16h35′ eu aprendi a me superar, a acreditar muito mais no poder da minha fé e venci medos que eu não me imaginava capaz de vencer e hoje eu posso dizer com todo orgulho do planeta que eu sou uma IRONWOMAN (Ironman), eu fui, eu completei e estou aqui ainda sem acreditar em tudo que vivi até porque as dores não me deixaram parar de pensar em tudo tão cedo”, enfatizou.
Para a triatleta foram 16h35′ de superação, de fé e de muito sofrimento desde a natação com o mar mexido e água muito salgada. Do ciclismo onde o sol não batia, espancava, onde os ventos extremamente desumanos eram capazes de derrubar qualquer um que se distraísse e fez com que muitos desistissem. Onde a corrida começou difícil, exigiu dela e de muitos tudo aquilo que tinham e não tinham, exigiu garra e raça na luta contra o tempo, contra as dores quase insuportáveis, contra a vontade de parar e tudo que conspirava contra.
Fotos: cedidas pela atleta