O ministro da Saúde, Arthur Chioro, e o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, anunciaram, nesta terça-feira 29/07, a introdução da vacina contra hepatite A no Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). As doses são direcionadas às crianças de 12 a 23 meses e já foram distribuídas para postos de saúde de todo o País. A meta do Ministério da Saúde é imunizar 95% do público-alvo, cerca de três milhões de crianças.
Com isso, o Brasil passa a oferecer, gratuitamente, 14 vacinas de rotina, garantindo todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Até então, as doses só eram oferecidas nos postos particulares.
Prevenção e controle
O objetivo é prevenir e controlar a hepatite A e, dessa forma, imunizar, gradativamente, toda a população. O esquema vacinal preconizado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, prevê uma dose única da vacina. Será feito o monitoramento da situação epidemiológica da doença para definir a inclusão ou não de uma segunda dose no calendário da criança.
Para o início da vacinação, estados e municípios já receberam 1,2 milhão de doses. Outros lotes da vacina serão encaminhados, ainda este ano e no decorrer de 2015, para atender 100% do público-alvo. A data para início da vacinação será definida por cada estado. O Ministério da Saúde investiu R$ 111 milhões na compra de 5,6 milhões de doses neste ano.
As doses para o início da vacinação já foram enviadas para todas as secretarias estaduais de saúde, assim como os materiais instrucionais para a correta aplicação na população. A vacina contra a hepatite A é segura e praticamente isenta de reações, mas pode provocar vermelhidão e inchaço no local da aplicação.
Dia Mundial de Luta contra as Hepatites
Nessa segunda-feira 27/07 foi comemorado o Dia de Luta contra as Hepatites Virais, com o objetivo de reforçar a importância da divulgação das campanhas de diagnóstico e prevenção da doença.
A Hepatite A é uma doença infecciosa aguda que atinge o fígado, é habitualmente benigna e raramente apresenta uma forma grave (aguda e fulminante), mas pode levar à hospitalização ou morte em 2% a 7% dos casos graves. No vírus A, a transmissão é fecal-oral e ocorre, principalmente, por meio de alimentos e água contaminados. Apesar de ser o único tipo de hepatite que não se torna crônico, há casos em que o paciente morre por insuficiência hepática.
Nas crianças, a hepatite A pode não manifestar sintomas. Em uma minoria de casos, há febre, dores musculares, vômito, náuseas, cansaço e mal-estar – sinais semelhantes aos de uma virose. Como elas constituem o grupo com maior incidência da doença, é importante que todas as crianças estejam protegidas. Para evitar a doença, é importante lavar sempre as mãos, inclusive dos bebês, e higienizar os alimentos são outras formas de blindagem.
Fonte: http://www.brasil.gov.br