Estudo do Escolas Exponenciais, que será apresentado na íntegra durante o evento ‘Conecta Escolas Exponenciais Live’ em 22/7, mostra ainda que 71,1% dos pais de alunos de escolas particulares sofreram redução salarial por conta da pandemia
O Escolas Exponenciais – líder em pesquisa e apoio estratégico para instituições de ensino – acaba de divulgar o “Diagnóstico Nacional da Educação”, estudo que envolveu cerca de 137 mil famílias e 12 mil professores de escolas privadas de todo o Brasil. Com o intuito de fazer um “Raio X” do relacionamento entre pais e instituições de ensino durante a pandemia, o levantamento mostra que o ensino remoto feito atualmente pelas escolas particulares brasileiras – consequência mais imediata do fechamento das escolas, executado em todo o país como medida de contenção da propagação do vírus – é aprovado por 82,4% dos pais de alunos.
Quando perguntados sobre a qualidade das aulas online, a nota média dada pelos pais é 8 e, para a qualidade da comunicação entre escolas e pais, 8,6. As ações tomadas pelas escolas particulares durante a pandemia também estreitaram a relação com as famílias. 42,4% dos pais disseram que seu relacionamento com a gestão da escola saiu fortalecido e 48,5% relataram que a proximidade permanece a mesma. Apenas 9,1% dos pesquisados responderam que o laço com a escola se enfraqueceu no período.
Para Vahid Sherafat, CEO do Escolas Exponenciais, os números mostram que, apesar de todas as instituições de ensino terem sido afetadas pela pandemia, por enquanto, a maioria delas têm sido bem sucedidas nas estratégias que colocaram em prática neste momento de crise.
“No meio do caos por conta da pandemia que acometeu todos os segmentos da economia mundial, não há fórmulas mágicas para se sair totalmente ileso. De alguma forma, o ensino acaba impactado. Observamos que as escolas que se deram bem em reverter este impacto foram as que se mostraram flexíveis para abraçar o mundo digital com maior natividade e rapidez”, comenta.
Contudo, prossegue Sherafat, houve casos de escolas que precisaram se adaptar às pressas ao novo cenário. “Nossa análise é que, ao mesmo tempo em que este foi um momento extremamente desafiador para todas as escolas do Brasil, já que ninguém fazia ideia do período pelo qual precisaríamos atravessar, ele trouxe um estímulo extra para a inovação e para a transformação digital das escolas de uma forma mais proativa”, acrescenta.
Se por um lado os laços entre escolas e pais ficaram fortalecidos, a pesquisa mostra uma queda na renda das famílias, o que pode trazer um impacto para o ensino privado: 71% dos respondentes tiveram redução salarial durante a pandemia. Isso reflete também no crescimento do número de pais que pretendem trocar os filhos de escola. Se antes do início da quarentena esta era a intenção de 8,4% dos pais, atualmente 19,7% pensam em mudar seus filhos de escola – sendo que 52,2% o fariam por motivos financeiros.
Trabalho aumentou para 86% dos professores
O estudo também investigou como a pandemia foi percebida pelos professores da rede privada de ensino. Segundo 86% dos respondentes, o volume de trabalho aumentou. Para 11% permaneceu o mesmo e, para 3%, diminuiu.
Um fator capaz de explicar esta porcentagem expressiva no número de professores que sentiu aumento de carga horária foi a parcela que relatou possuir pouco ou nenhum conhecimento das ferramentas necessárias para as aulas online (70,3% e 9,2%, respectivamente), contra 20,5% que disseram ter muito conhecimento.
No entanto, os números mostram também que uma quantidade considerável já se preparava para tempos mais atribulados: 38,2% se disseram confortáveis com este aumento na carga de trabalho; 34,5% expressaram estarem neutros e, 27,3%, desconfortáveis.
Novamente, em contrapartida, outro ponto negativo é que 26% deles relataram ter sofrido redução salarial e 44% disseram temer acabar perdendo o emprego por conta da crise, alcançando o maior nível (56%) entre os profissionais da educação infantil.
Fonte: INK Comunicação