A Prefeitura de Bragança Paulista desenvolveu, com base na Política Nacional de Mobilidade, uma proposta de alteração do sistema viário priorizando segurança, acessibilidade e sustentabilidade no município. A meta do Executivo se alia ao acordo brasileiro firmado no protocolo desenvolvido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e ONU (Organização das Nações Unidas), que visa reduzir pela metade os acidentes de trânsito em um prazo de 10 anos.
Atualmente, o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de acidentes de trânsito e, somente em 2012, 1,6 mil casos foram registrados em Bragança Paulista. De acordo com a Prefeitura, o município deve reduzir um total de 100 acidentes por ano, durante os próximos quatro anos, para atingir a meta proposta pelo acordo. Na última década, o crescimento desordenado do município acarretou aumento dos acidentes e vítimas de trânsito e dos congestionamentos, além de problemas derivados da poluição dos automóveis, como complicação respiratória e degradação da qualidade ambiental. Em dez anos, o aumento da frota de Bragança Paulista chegou a 104%, sem acréscimo da rede viária.
Extensão – A rede viária urbana de Bragança Paulista possui uma extensão aproximada de 1 mil km, tendo como corredor viário estrutural o eixo formado pela avenida Dom Pedro I e avenida dos Imigrantes, com uma extensão de 7 km e um fluxo veicular diário médio de 35 mil veículos. Deste eixo, o trecho mais crítico é a Praça 9 de Julho e seu entorno imediato, sendo identificada uma densidade de 94 acidentes por km linear.
Com referência prevista na legislação Federal nº 12.587/12, a Administração Municipal se baseará no conceito de gestão chamado ‘Cidade Sustentável’, cujas diretrizes estabelecem implantação da mobilidade sustentável. O planejamento para melhoria do sistema viário engloba intervenções de curto, médio e longo prazo. Na questão da sustentabilidade, haverá implantação do eixo cicloviário. A primeira etapa prevê a travessia segura do Lago do Taboão para a Praça 9 de Julho e dali até o entroncamento da avenida dos Imigrantes com a avenida Europa. O deslocamento não motorizado, que é base da mobilidade sustentável, também fomenta a diminuição dos congestionamentos, o aumento da fluidez e a diminuição da emissão de gases poluentes, melhorando a qualidade do ar. Outra melhoria prevista no projeto é a remodelação dos itinerários e implantação de baia para acomodação do transporte coletivo. Isso resulta em qualidade de vida, que compreende o pilar da sustentabilidade, abrangendo assim as propostas da Política Nacional de Mobilidade.