Extrema participará mais uma vez da Marcha da Defesa Animal. No dia 26 de abril, os ativistas da causa animal sairão às 14h da Praça Presidentes Vargas, em frente à Igreja da Matriz.

Em nível nacional, o objetivo do evento é o aumento de penas para maus tratos animais, que zoofilia se enquadre como crime, vacinação e castração grátis, tratar leishmaniose como doença que tem cura, hospital veterinário público, além de outros vários pontos.  Aqui para Extrema, a Marcha irá focalizar a realidade do município que é o grande número de animais abandonados.

Para falar sobre o evento, o jornal O Registro entrevistou Bella Guima da Ong Soul Animal. A defensora dos animais conta que maltratar os animais já é crime de acordo com leis federais e até municipais, mas infelizmente algumas pessoas não as respeitam.

De acordo com Bella, a Marcha da Defesa Animal em Extrema vai buscar a conscientização dos extremenses em relação à adoção e posse responsável. “Na Ong olhamos para todos os animais, mas em especial cachorros e gatos, esses que estão largados nas ruas porque infelizmente alguém pegou e não teve o cuidado necessário, acabou deixando sem castrar ou teve problema na família e abandonou ao invés de fazer uma transição com amor”, explica.

Segundo defensora, as pessoas vão à feira e adotam por impulso, depois o animal não age como o esperado e a pessoa abandona.  “A pessoa precisa ter essa consciência no ato de adoção que será o responsável e não poderá descartar. Adversidades acontecem, mas colocar na rua é abandono e isso é triste. A Ong tem esse papel de trabalhar para mudar a cultura de uma cidade, ainda tem gente aqui que pensa que bicho não sente nada. Então é preciso que as pessoas que adotam animais de estimação tenham consciência da responsabilidade que elas assumem ao fazer isso”, alerta.

A Ong Soul Animal está em funcionamento há dois anos, realizando diversas atividades de conscientização através de feiras, palestras e eventos em escolas, algumas em parceria com a Prefeitura de Extrema. “Vamos fazer isso até conseguir conscientizar todos que ninguém é obrigado a adotar, mas se fizer isso tem que ser ter responsabilidade quanto ao animal e quando algo acontecer buscar ajuda e fazer uma transição de amor, o cachorro vai sofrer, mas o sentido de responsabilidade sobre o animal vai estar garantido e outros carinhos virão”, garante Bella.

Além da Soul Animal, Extrema tem o Canil e Centro de Zoonoses que acolhem os animais abandonados, além de protetores individuais que cuidam há anos dos animais de forma voluntária.