Marcha para a civilização

LuizFlavio_ArtigoLUIZ FLÁVIO GOMES, jurista e coeditor do portal atualidades do direito.com.br. Estou no facebook.com/professorLFG

 

Olhando a história de todos os povos, sabe-se que a marcha no sentido da civilização é inexorável (Norbert Eliasreconhece que embora os seres humanos não sejam civilizados por natureza, possuem por natureza uma disposição que torna possível, sob determinadas condições, uma civilização; são capazes de autorregulação individual dos impulsos do comportamento espontâneo, condicionado por afetos e pulsões).

O que se lamenta é que em alguns países ela (a marcha para a civilização) seja demasiadamente lenta (Brasil, por exemplo), enquanto em outros se constatam retrocessos (Império romano, Espanha e Portugal dos séculos XVII e XVIII etc.).

Não se pode negar que o Brasil, em 500 anos, fez grandes progressos, mas continua muito atrasado, em razão do parasitismo das classes dominantes que mantêm na ignorância grande parcela da população (para começar, mais de 13 milhões são simplesmente analfabetos).

Não temos, no entanto, escolha: ou rompemos com nosso passado obscuro de escravidão parasitária, que continua mais atual que nunca, ou teremos mais um século perdido, longe dos avanços das nações adiantadas. A única salvação para o Brasil (e para a América Latina) reside na decisão, que jamais será tomada pelos conservadores parasitários (que só sabem, desde sua acentuada degenerescência, sugar as classes dominadas ou o erário público parasitados), de avançar, de progredir, de romper seus laços com o nebuloso, tenebroso e sanguinário passado (milhões de índios e negros foram dizimados em função do enriquecimento de alguns parasitas).

O Brasil, pela sua juventude, tem que se apresentar ao mundo como um país livre, senhor de si, disposto a viver o seu próprio e novo enredo, aniquilando suas iniquidades, suas injustiças e sua imensa ignorância.

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