A Prefeitura de Pouso Alegre inciou nesta quinta-feira (18) mais uma operação de abordagem social com moradores de rua. A Secretaria de Desenvolvimento Social enviou assistentes sociais para pontos considerados críticos, onde há aglomeração de andarilhos aliado ao consumo de drogas. A ação se concentrou embaixo da ponte que passa sobre Rio Mandu, na Avenida Vereador Antônio da Costa Rios, e próximo à região conhecida como “Diquinha”, que liga a via à Avenida Ayrton Senna. Nesta sexta-feira (19), a operação chega à ponte da Avenida Vereador Hebert de Campos, sobre o Dique 2.
Os trabalhos contam com o apoio da Guarda Municipal e da Polícia Militar e dá continuidade ao Programa Municipal de Cadastramento de Moradores de Rua, que ocorre periodicamente desde o início de 2013. Os locais visitados nesta quinta-feira pelos assistentes sociais são considerados mais graves. “Além de fazer a abordagem social dessas pessoas, verificando seu estado de saúde, o motivo de estarem ali e encaminha-las para uma possível reinserção social, a ação de hoje é também preventiva. Queremos evitar que aqueles locais se tornem um ponto cativo de tráfico”, esclarece o secretário de Desenvolvimento Social, Marcos Aurélio.
A força-tarefa encaminhou os moradores para o Centro Especializado de Acolhimento, o Centro POP. No local, foram recebidos por uma equipe especializada, que tem a missão de acolhê-los, fazer um diagnóstico de sua situação social e psicológica para iniciar sua reinserção social. Como a operação continua nesta sexta-feira (18), a Secretaria de Desenvolvimento Social ainda não divulgou o número de moradores de rua abordados. Um balanço da operação será divulgado na segunda-feira (18).
Recomendação
No início do mês, a Prefeitura recebeu uma recomendação do Ministério Público para abordar alguns moradores de rua que se aglomeram na Praça Doutor Garcia Coutinho. No local, surgiram denúncias de consumo excessivo de álcool e pertubação da paz pública. Boa parte desses moradores já estão cadastrados na base de dados do município. Nesta sexta-feira, a operação passará também pelo local. “Vamos dar ciência a eles de que sua permanência no local será liberada desde que não perturbem a paz pública e respeitem os demais moradores. Os serviços de assistência do município continuarão à disposição”, esclarece o comandante da Guarda Municipal, o capitão Marco Antônio Mariano.
Perfil
Menos de um terço dos moradores de rua que circulam pela cidade são de Pouso Alegre. A conclusão é do censo feito por meio das abordagens periódicas da Secretaria de Desenvolvimento Social. O restante vem de cidades da região e do interior de São Paulo. A maioria esmagadora é homem (83%). Na mesma medida, 80% admitem ser usuário de drogas. Quase metade, faz uso regular de álcool. Estão na rua por terem se desentendido com a família. Assim é possível estabelecer o perfil médio do morador de rua de Pouso Alegre. Ele é um homem com idade entre 30 e 40 anos. Vindo do interior de São Paulo. Usuário de drogas e com laços familiares rompidos. Baseado nesse estudo, a Prefeitura acredita que é possível reduzir a população de rua com abordagens periódicas, com foco na reinserção social dessas pessoas e no recambiamento, operação em que o morador é encaminhado para sua cidade e origem para o reencontro com a família.
Fonte: ASCOM Prefeitura de Pouso Alegre