Espetáculo: João, Maria e a Velha Matingasserra será apresentado no Cine Teatro

Crédito foto: Carol Resende

Crédito foto: Carol Resende

 

João, Maria e a Velha Matingasserra levará seu filho (a) para dentro do universo da cultura popular brasileira, com muita música e a encantadora Lina Firina

Era uma vez uma contadora de histórias diferente, alguns a chamam de Princesa Lina, outros apenas de Lina Firina, outros pelo seu nome de batismo: Lina Liguirina Fina Firina.

Em entrevista ao Jornal O Registro a contadora de história Nicolly Lara Marinelli, que interpreta Lina Firina contou um pouco de sua história e como tudo começou.

Lina Firina nasceu no Palácio dos Bandeirantes, quando Nicolly trabalhava lá. O Palácio do Governo tem um projeto que é o Centro de Convivência Infantil, que é uma creche que atende os funcionários do Palácio, desde o filho da faxineira até o da assessora do governador. Um projeto bem democrático, onde as crianças são atendidas em tempo integral.

Nicolly iniciou no Palácio do Governo como bibliotecária. Conforme relatou, devido sua experiência no trabalho de bibliotecária adquirido na Faculdade de Extrema (FAEX), e por estar fazendo Faculdade de Letras, assumiu essa vaga. Nas atividades desenvolvidas na biblioteca Nicolly ficava com 15 crianças entre 1 ano de idade a 06 anos.

Para entreter as crianças, com essa faixa etária diferente, Nicolly teve a ideia de fazer um projeto de contação de história de boca. O projeto criado por ela na biblioteca as histórias contadas era apenas a de boca.

Um tempo depois Nicolly teve a ideia de criar a personagem Lina Firina, inspirada em seu avô Neco Firino. “Criei essa personagem junto com as crianças. De início era uma princesa, uma boneca, ou uma menina que vinha de um país longe onde tudo era ao contrário e deram o nome de país da confusão”.

De acordo com a contadora de história, este trabalho surgiu como um projeto pedagógico para dar continuidade ao trabalho que fazia com as crianças. Para Nicolly, o impacto é que as histórias tem um poder muito forte na vida das pessoas, e começou a trabalhar com isso e foi entrando nesse universo e descobriu que as crianças conseguiam introjetar muita coisa através das histórias, pois elas se colocavam dentro das histórias.

“Os contadores populares brincam dizendo “eu tava lá dentro do conto”. E ao contar as histórias, as crianças também estão lá, e dizem “eu tava lá, eu vi o João e a Maria”. E assim vão introjetando muitas coisas nas histórias”, comentou Nicolly.

Outro exemplo citado pela contadora é quando aparece a personagem da bruxa má e a criança pega aquele pedacinho dentro dele que é um pouco mal, e elaboram os sentimentos, as tristezas, as dúvidas interiores e encontram respostas para o que estão precisando dentro das histórias.

O trabalho desenvolvido no projeto, era bem elaborado com repertório vasto, porém Nicolly percebeu a necessidade de buscar novas histórias, pois as crianças estavam muito focadas no mundo Disney, da cinderela entre outras histórias deste universo. Diante disto, resolver pesquisar sobre os contos tradicionais brasileiros, trazendo variantes destas histórias. Como exemplo, podemos citar que Cinderela é no Brasil a Bicho de Palha, que é quase a mesma narrativa da história original só que contém elementos brasileiros dentro da história.

Nicolly observou que as crianças ficaram maravilhadas com esse universo da cultura popular brasileira, o que levou-a focar cada vez mais as histórias com elementos da cultura brasileira.

Hoje o projeto da Lina Firina tem como foco principal a cultura brasileira, onde a contadora coloca elementos dentro das histórias, como: coco, baião, e das manifestações culturais “Bumba meu boi”, “Cavalo Marinho” entre outros.

O conto do “Cavalho Mrinho” é um dos que a contadora gosta muito, pois existe muitos arquétipos de personagens da zona da mata dentro da história.

Para cada história contada por Lina Firina, Nicolly escolhe um tipo de manifestação para se inspirar e também poder escolher as músicas que irão compor a história, as cantigas e as brincadeiras.

A ideia do espetáculo surgiu depois que decidiu dar outro viés para a personagem, saindo um pouco do pedagógico, fazendo algo mais cultural e abrangente.

Para a peça deste sábado, além de Lina Firina, uma banda com cinco músicos ajudam a compor a história. São eles: Dafne Almeida e Diessica Rayana nos vocais; Rafael Santos na sanfona; Ítalo Rodrigues no violão, Diego Cristian na percussão e a participação especial de Agatha Rebeca de Almeida. Produção artística do espetáculo: Nicolly Marinelli e Nathália Lopes. Produção executiva: Rafael Silva. Reconto popular brasileiro de tradição oral, contado por Maria de Lourdes dos Santos. Adaptação de Nicolly Marinelli. Nicolly Marinelli como Lina Firina e Figurino: Alice Almeida. Cenário: Roberto Hyppolito e Iluminação: Rodrigo Elói Leão.

João, Maria e a Velha Matingasserra é um espetáculo de contação de histórias, onde as crianças serão levadas para dentro do universo da cultura popular brasileira, através da música e das palavras encantadas da contadora Lina Firina. Essa história era contado por sua avó Maria de Lourdes, e quando Nicolly começou a trabalhar com a cultura brasileira dentro das histórias sua mãe orientou-a que deveria procurar sua avó, uma vez que esta sempre contou histórias para as crianças da família.

“Quando fui conversar com minha avó, vi que ela tinha uma cultura riquíssima, então comecei a fazer uma “recolha” das histórias dela. Que são recolhas de contos tradicionais brasileiros”, comentou.

Na história João, Maria e a Velha Matingasserra, que é uma variante, vivem todas as outras aventuras dentro da história. A linha narrativa é bem parecida com a dos irmãos Grimm, mas no final a Velha Matingasserra que é a bruxa, escondia um segredo, então dentro dela tem a proteção da floresta, e depois que ela morre, desencadeia um monte de outras aventuras e parece que a história não tem fim.

Os ingressos estão à venda na: Atual Roupas; World Kids; Casa Bragança e CNA Extrema. Valor: R$ 20,00 (Adulto) e R$ 10,00 (Criança). E no dia do espetáculo a bilheteria estará aberta à partir das 18h. O espetáculo está previsto para iniciar às 19h.

Tragam seus filhos para participar dessa história e ajudar João e Maria em sua fantástica aventura!

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Crédito foto: Carol Resende

Nicolly

Nicolly Marinelli como Lina Firina

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