João Batista participa de audiência sobre uso facultativo dos extintores veiculares

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Uma audiência pública na Assembleia Legislativa, em Belo Horizonte, discutiu, na terça-feira, 06 de outubro, os impactos causados pela Resolução nº 566 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que tornou facultativo o uso de extintor de incêndio para automóveis. A reunião debateu, principalmente, o fechamento de postos de trabalho do setor.

A reunião, requerida deputado Dalmo Ribeiro, destacou os empregos gerados pelo setor em Minas, que já sofre as consequências da medida e contou com a presença do vice-prefeito de Extrema, João Batista que foi até a assembleia em busca de apoio para que 350 vagas de diretas de emprego no município não deixem de existir.

“A audiência foi muito boa e a partir dela acredito que eles vão conseguir liberar vários documentos para reforçar o pedido da revogação em Brasília junto ao Contran. O Dalmo fez um requerimento formalmente em relação ao assunto e também fez um requerimento que vai ser direcionado diretamente ao Ministro das cidades, Gilberto Kassab. Durante a reunião foram apresentadas razões de âmbito técnico e ficou demonstrado de forma muito clara que essa decisão do Contran foi totalmente descabida e sem nenhum tipo de justificativa”, afirma João Batista.

Atualmente, quatro empresas em Extrema fabricam extintores ou seus componentes e dependem da revogação da resolução para que mantenham as vagas de emprego disponíveis. De acordo com dados da Prefeitura, o prejuízo dessas empresas desde a publicação desta resolução é estimado em R$ 1.600.000,00.

De acordo com Alexander Hlebanja, Diretor da Nasha, a notícia da não obrigatoriedade dos extintores veiculares pegou todos as empresas do setor de extintores de surpresa. Pois há alguns anos existiam apenas dois fabricantes do produto no país e com a resolução anterior o número de empresas subiu para 17 com mais 6 em construção, e centenas de distribuidores, já que a demanda criada pelo Contran era grande e precisava ser atendida até o dia 1º de outubro.

“O que esses empresários irão fazer com todo esse investimento para atender uma demanda prevista pelo Contran?  Essa medida nos afetou de maneira violenta, do dia para noite vimos 45% do faturamento evaporar e sem nenhuma chance de manter os empregos. Os clientes cancelaram no mesmo dia toda a programação e o ato subsequente foi realmente fazer as demissões porque o mercado não existe mais, nós que somos uma empresa pequena já demitimos 28 funcionários e fechamos duas linhas de produção, apenas uma está em funcionamento”, conta Alexander.

Segundo João Batista, após a audiência na Assembleia o próximo passo será dar vazão aos requerimentos para que o Corpo de Bombeiros se manifeste formalmente sobre o caso e ir a Brasília ir atrás do Ministro Kassab. “Já tínhamos feito aquele manifesto junto ao Ministro Patrus Ananias, o qual entreguei isso em mãos para fosse levado até a presidência e revisto com atenção visto porque em um contexto geral em época de crise ao invés de criar novas vagas estão acabando com as vagas existentes”, explica.

“Reiteramos nosso posicionamento como administradores do município, quando trazemos uma empresa para cá temos compromisso com ela e com nossos trabalhadores. O João foi fazer a nossa representação justamente para defender os nosso posicionamentos contra essa conduta do Contran e deste governo que não tem planejamento e dá para ver a partir do momento que eles exigem esses extintores e que se fez um trabalho para produzir e estocar este produto aumentando a expectativa dos trabalhadores e depois sai uma conduta que usa só quem quiser. Em uma época de crise, nós estamos dando a mão para o nosso trabalhador, isso é um compromisso que nós temos”, afirma Dr. Luiz Bergamin, Prefeito de Extrema

Além do grupo sul mineiro em busca da revogação desta resolução existem outras frentes em busca do mesmo objetivo em outros estados que também existem fabricantes de extintores, além do esforço da Associação Brasileira das Indústrias de Extintores (ABIEX). Caso a revogação não seja alcançada por meios políticos os representantes destes grupos pretendem entrar com uma ação judicial pedindo as suspensão dos efeitos da medida.

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