Em reunião realizada no dia 10/03 no SINMEC (Sindicato da Indústria Metalúrgica) de Extrema/MG, foi lançado o projeto batizado com o nome de “Centro de Tecnologia e Inovação em Alimentos” que através da parceria entre SENAI, FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), SIMEC, e indústrias do setor alimentício, têm o objetivo de oferecer cursos profissionalizantes para atender a demanda da mão de obra das indústrias de alimentos de Extrema e região. O projeto oferecerá cerca de 750 vagas de estudo á partir de 2015.
O setor alimentício é uma das principais atividades industriais do polo de Extrema, sendo uma das que mais emprega, pois ofertaaproximadamente 3800 postos de trabalho. Entre as empresas da região estão a Kopenhagen com cerca de 2.200 funcionários, Bauducco 1450, Barry Callebaut 120 e laticínios Serra Dourada 75.
Segundo José Claudio da Costa, diretor do SENAI de Extrema, o setor merece uma resposta do sistema FIEMG e através de parcerias, pretende qualificar a mão de obra do setor.
O principal objetivo é atender os aprendizes (idade entre 16 e 23 anos), por motivo de ser obrigatório por lei de cotas, as empresas necessitam empregar funcionários dentro deste quesito.
“A função do SINMEC e do SENAI é apoiar a indústria, preparar a mão de obra e dar toda estrutura necessária para o sucesso da indústria localizada em Extrema e região. Diante da força do setor abriu-se uma lacuna na questão educativa e agora vamos trazer um laboratório para treinar e capacitar funcionários.” Citou Silvio Cesarino, presidente do SINMEC.
Não é só a indústria que será beneficiada, pois a aprendizagem do manuseio de alimentos contribui também para outros setores: restaurantes, bares, lanchonetes, supermercado e etc.
Para Amadeus Antônio de Souza, presidente do sindicato das indústrias de alimentação do Sul de Minas e diretor da FIEMG, é importante a criação de novos cursos para qualificar o setor de alimentos e fortalece-lo.
Na opinião de Paulo Henrique da Silva, gerente de recursos humanos da Bauducco de Extrema a reunião foi importante para entender a demanda de qualificação no segmento de alimentos que foi um setor que cresceu e trouxe empresas para região. Espera-se que a capacitação do SENAI, que possui um excelente ensino voltado ao segmento metalúrgico, sirva também para atender as demandas do ramo de alimentos.
Letícia de Souza, gerente de pesquisa e desenvolvimento da Kopenhagen, diz que é importante sentir a necessidade do SENAI e saber qual o apoio necessário para efetuar o projeto.
Segundo José Maria do Couto, vereador de Extrema e gerente regional do SINMEC a expectativa é que a capacitação da mão de obra seja um atrativo para novas empresas se instalarem na cidade de Extrema.
O presidente da FIEMG regional do Sul de Minas, Ary Novais, ressaltou a importância de se trabalhar em conjunto e o prazer de ver a indústria e a cidade se desenvolvendo. Ary também acredita que o projeto será bem executado, pois as pessoas envolvidas possui competência para executa-lo.
O próximo passo é tirar o projeto do papel e a construção do novo laboratório na unidade do SENAI ser iniciada no segundo semestre de 2014, o “Centro de Tecnologia e Inovação em Alimentos” tem previsão para atender a população já em 2015.
(Felipe Brandão/Jornalista)
Foto: Felipe Brandão