Usuários do sistema viário sofrem com problemas de embarque e desembarque

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Um dos problemas mais graves enfrentados pelos usuários do sistema de viação intermunicipal que atende os municípios sul-mineiros e do interior paulista é o descaso no embarque e desembarque de passageiros, nas margens da BR 381.

O que mais se vê nos trechos da Rodovia Fernão Dias são pontos de ônibus com falhas graves de segurança e sinalização. Usuários que utilizam os serviços das empresas responsáveis pelo transporte intermunicipal entraram em contato com o jornal O Registro com o objetivo de expor o problema e sugerir melhorias indispensáveis à segurança também dos moradores que residem nas regiões perimetrais das cidades da região.

O Registro entrevistou Marcio Antonio Sales, instrutor de direção há 18 anos e diretor de ensino de uma auto-escola da cidade de Extrema/MG. Ele explica que o ônibus precisa sair completamente da estrada para deixar os passageiros nos pontos específicos. “O veículo não pode nem ficar no acostamento para fazer o embarque e desembarque. O motorista tem ainda que ter uma visão ampla do local onde está estacionando. Nota-se que os pontos espalhados pela Fernão Dias estão em desacordo com certas regras de trânsito, que coloca em risco a vida dos passageiros”, disse.

Um ponto crítico encontra-se nas proximidades do Posto Fiscal, que fica na entrada do Distrito Industrial Pires II, onde estão concentradas grandes multinacionais e um grande bairro residencial. Lá, o passageiro encontra grande dificuldade ao descer e subir porque o ponto de ônibus está colado na via principal, em cima da margem do acostamento. “É necessário respeitar o limite, que tende a ser de cerca de dois metros. Assim, o usuário tem garantido a sua segurança e maior comodidade; e o motorista tem condições visuais de manobrar um grande veículo sem colocar em risco o fluxo de automóveis e os passageiros que estão dentro do ônibus”, diz Márcio. O instrutor explica que o motorista não pode utilizar a “pista do posto” porque além de particular, há ainda um grande fluxo que sai pela via principal – onde hoje se encontra o ponto. “Caracteriza-se uma manobra ilegal neste caso e como sugere a Lei 6.766/79, que versa a Faixa de Domínio, segundo o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte). Uma solução seria arrumar outro local para o ponto. O ônibus é um carro muito grande e dispensa muito espaço para realizar as manobras. É uma insegurança total”, dispara o diretor de ensino.

O guard-rail é outro problema encontrado em diversos trechos da BR 381. O jornal O Registro observou durante a semana que os motoristas precisam realizar manobras bruscas para estacionar a porta de saída do ônibus na frente aos minúsculos espaços localizados nos pontos. “A abertura no guard-rail precisa ser maior, com tamanho mediano ao do ônibus. – o que implica em uma área de evasão mais segura, distante da proteção”, aconselha Márcio. Além de assegurar conforto ao corpo da pessoa, a estrutura garante proteção do sol e um abrigo nos dias de chuva.

“Recentemente a Prefeitura fez algumas mudanças em pontos de ônibus na cidade. Ficou ótimo porque o veículo precisa sair da via (pista) e pegar o passageiro logo na frente do local, num espaço de aproximadamente cinco metros. Este caso é facilmente visto na Avenida Nicolau Cesarino, em frente à empresa Fagor Ederlan, no Terminal Rodoviário e em frente à garagem da Auto Viação Cambuí, que atende o itinerário viário”, comentou Márcio.

A Autopista Fernão Dias, concessionária que administra o trecho interestadual, foi procurada para falar sobre os problemas. Segundo informações da Assessoria de Imprensa, os locais citados na reportagem serão avaliados junto às Prefeituras e à ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre), com foco numa melhor atuação a ser executada. A concessionária é responsável, desde 2008, pelos 562,1 quilômetros da rodovia Fernão Dias que liga as cidades de Contagem/MG e Guarulhos/SP. A concessão para administrar e conservar a Fernão Dias por 25 anos liga as capitais São Paulo e Belo Horizonte e corta 33 cidades ao longo do trecho. Tem ainda um importante papel na rede rodoviária brasileira pois faz parte do principal corredor rodoviário de interligação dos mais importantes polos econômicos das regiões Sudeste e Sul do Brasil e destas com os principais países do MERCOSUL. Em termos de movimentação de cargas e passageiros, os volumes de tráfego são mais altos nos trechos entre Bragança Paulista/SP e São Paulo, e Igarapé/MG e Belo Horizonte, em ambos os sentidos da rodovia. Cerca de 170 mil veículos passam diariamente pela Fernão Dias e têm a disposição os serviços de atendimento ao usuário: socorro médico, atendimento a veículos com problemas mecânicos, resgate de animais na pista, viaturas de apoio ao combate a incêndio, inspeção de tráfego e telefone 0800 para solicitar atendimento – tudo operando 24 horas.

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