Corpo de Bombeiros alerta população para prevenir acidentes na estação chuvosa

Divulgação CBMMG - 2

Institutos de meteorologia esperam chuvas mais volumosas para praticamente todo o território mineiro em 2017. Governo do Estado tem ações preventivas e órgãos de prontidão

 

A seca mais prolongada dos últimos anos em Minas Gerais começa a chegar ao fim com as primeiras chuvas depois de mais de 100 dias sem cair uma gota de água na maioria das regiões. Em Belo Horizonte e região metropolitana, um temporal no início da semana resultou em mais de 103 ocorrências de quedas de árvore em apenas 24 horas.

Como nos anos anteriores, o Governo do Estado – por meio do Corpo de Bombeiros Militar e da Defesa Civil – trabalha intensamente no socorro a vítimas e na conscientização para os cuidados que se devem ter com o período das chuvas.

A chuva tão esperada que molhou a terra, apagou focos de incêndio por todo o estado e melhorou a qualidade do ar, mas também assustou moradores das regiões Centro-Sul e Norte de Belo Horizonte, onde os ventos chegaram até 85 km/h.

As ocorrências atendidas pelo Corpo de Bombeiros em apenas um dia se dividiram em 45 cortes em árvores que caíram; 20 cortes de árvores que apresentavam risco e 38 vistorias para verificar risco de queda. O total de 103 ocorrências foi alcançado entre 8h da manhã de segunda-feira (2/10) até às 8h de terça-feira (3/10).

Segundo a tenente do Corpo de Bombeiros na capital, Andrea Coutinho, a estação chuvosa é propícia a tempestades, por isso todas as precauções precisam ser tomadas para a busca de abrigos seguros. Nessa época aumentam as ocorrências e os danos materiais com a queda de árvores mais frequentes do que em outras estações.

A orientação é para nunca se abrigar debaixo de árvores, coberturas metálicas, postes, fiação e torres de transmissão. Se estiver dirigindo sob chuva e vento forte, recomenda-se estacionar em lugar seguro e abandonar o veículo.

Com foco na segurança do cidadão, o Corpo de Bombeiros Militar realiza o corte de árvores apenas quando apresentam risco de queda, pois elas atingem as vias públicas, param o trânsito e colocam vidas em risco nas situações mais extremas.

Quando as árvores são fator de risco

As árvores são fundamentais para redução da poluição e dos ventos, mantêm a umidade do ar e as chuvas regulares e, entre outras coisas, proporcionam sombra nas cidades. Contudo, é preciso atenção, principalmente, nessa época do ano, quando elas ficam mais vulneráveis.

Apesar de ser responsabilidade dos municípios, o Corpo de Bombeiros também realiza vistorias quando há suspeita de que a árvore esteja em risco.

Em 2016, a corporação realizou, em todo o estado, 4.818 vistorias em árvores para verificar as reais condições; efetuou 3.132 cortes de árvores que ofereciam risco de queda; 2.635 cortes de árvores já caídas.

De janeiro a agosto de 2017 foram 3.035 vistorias realizadas; 1.914 cortes de árvores com risco de queda, 1.175 cortes de árvores já derrubadas pela ação da natureza.

“As chuvas rápidas e fortes podem gerar ambientes propensos a desabamentos, o que exige atenção a todos os sinais de movimentação de terra e rachaduras nas casas”, alerta a tenente Andréa, pedindo que o imóvel seja imediatamente abandonado nessa situação.

“Os moradores devem sair para lugar seguro como casa de parentes ou amigos e não se apegar a bens materiais quando a vida é o mais importante”, ratifica a militar.

O Corpo de Bombeiros Militar tem parceria efetiva com a Defesa Civil do Estado e dos municípios. Recentemente foi realizado em Belo Horizonte treinamento específico contemplando três núcleos da Defesa Civil, que orienta moradores como atuar em situações de risco durante as fortes chuvas. Essa parceria se estende a todo o estado.

A dica maior dos bombeiros é sempre pela preservação da vida. “Abandone o seu veículo em caso de enchente, bem como a sua residência com risco de desabamento e procure segurança. A mesma orientação é dirigida a quem mora perto de rios. Não entre em contato com a água, pois, além do perigo de afogamento, existe o risco de contaminação por esgoto e lixo”, conclui a tenente Andrea Coutinho.

Crédito (fotos): Divulgação/CBMMG

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